A inteligência humana – parte II
Veio em tempos mais recentes a Revolução Tecnológica com saltos gigantescos e cada vez mais em menores espaços de tempo, principalmente nas áreas de informática e comunicações, sem falar que transcendemos os limites da Terra e desenvolvemos armas nucleares que podem, simplesmente, destruir o planeta e/ou exterminar a humanidade.
Atualmente, chegamos à transformação radical que a inteligência artificial nos traz, demonstrada por máquinas ao executar tarefas complexas associadas a seres inteligentes; executando funções de modo autônomo com capacidade de raciocínio; reproduzindo atividades humanas com criatividade, auto aperfeiçoamento e uso de linguagem. Nesta surgiu, em novembro de 2022, o chatGPT, sigla inglesa para “chat Generative Pre-trained Transformer” ou transformador pré-treinado gerador de conversas, um “software” para interação e conversação que pode escrever e depurar programas de computador, compor músicas, fazer redações de estudantes, escrever contos de fadas, poesias e letras de músicas e uma infinidade de tarefas que até algum tempo atrás só os seres humanos eram capazes. E já surgem outros “softwares” similares e concorrentes ao chatGPT.
Amplia-se o conhecimento, evolui a inteligência humana que, por tudo já descrito e muito mais, não deixa de ter uma natureza ambivalente, contraditória e paradoxal. Os seres humanos estão, cada vez mais, interconectados, recheados de contradições em que se encontram e se perdem.
Por falar em contradições e paradoxos, retiramos um parágrafo da crônica “A contradição humana”, publicada nesta Tribuna de Minas em 1º de abril de 2021: “Gastam-se bilhões de dólares na produção de armas, na manutenção de exércitos e no tráfico de drogas. O descaso completo com o meio ambiente, que se degrada a cada dia; o assassinato, em larga escala, de animais para saciar multidões que escarnecem do vegetarianismo e do veganismo. Poderíamos citar muitos outros exemplos de descaso e violência. Isso não é contraditório? Poderíamos resolver todos os problemas de fome, saúde e educação dos seres humanos com os recursos gastos de forma desumana e cruel por esses mesmos seres”.
A tendência de esta inteligência, digamos assim tecnicista, objetiva e concreta, crescer é visível, mas se não procurarmos ampliar nossos horizontes para o que é transcendental, superior, sublime com uma educação plena e voltada para a espiritualidade, não chegará a humanidade ao fim para o qual se destina: a paz, a harmonia, a fraternidade ou seja, a perfeição. É esta inteligência que precisamos alcançar.
Será o sinal de verdadeira inteligência humana quando a humanidade “fizer do coração e da mente, o coração e a mente da sabedoria, alicerces da solidez da fraternidade universal, a cooperação com todo o mundo e da paz e do equilíbrio em todos os seres”. (da mesma crônica citada anteriormente)