Presencial x online: o que é melhor?

“(…) chegamos à conclusão de que o formato de ensino não importa. O que é necessário mesmo é a disposição e dedicação do aluno para autonomia nos estudos e gestão do tempo.”


Por Vicente Vitola, Gestor de Unidade de Ensino Superior na Estácio

16/08/2023 às 07h00

Atualmente, os estudantes que pretendem ingressar em um curso superior têm à sua disposição um cardápio recheado de opções: a já conhecida graduação presencial, os cursos semipresenciais, os cursos totalmente EAD e os cursos híbridos, novidade que se fortaleceu no Brasil com a pandemia.

Mas nessa variedade de metodologias de ensino, como escolher a melhor? A verdade é que não existe uma receita de bolo ou uma fórmula para dizer qual delas é a melhor. Tudo depende do que o aluno precisa, o tempo disponível e os recursos necessários para concluir uma graduação.

A graduação presencial possui diversas experiências e vivências que o EAD ainda não consegue proporcionar da mesma forma, como o contato direto com os colegas e a troca de experiências. No ensino a distância é necessário ter disciplina e independência para estudar, além de um equipamento com capacidade de configurações adequadas e um pacote de internet eficiente. Mas a maior vantagem que o formato pode oferecer é a flexibilidade de horários e localidade, permitindo que o aluno estude a hora que quiser e onde quiser, sem os gastos fixos de locomoção e alimentação necessários no presencial.

Dessa forma, a flexibilidade oferecida pelo ensino a distância pode ser positiva para quem possui compromissos que coincidem com horários de aulas. É um ótimo formato para pessoas mais velhas que acreditam que não podem mais estudar, pois permite que o aluno consiga administrar melhor o seu tempo. No entanto, alguns alunos não conseguem se adaptar plenamente a essa modalidade, pela falta de rotina e contato com outras pessoas.

O fato é: hoje, o EAD já atrai quase metade das novas matrículas no Brasil e isso é reflexo da qualidade dos cursos, que evoluíram significativamente nos anos anteriores. O Ministério da Educação também avalia o ensino a distância, e os diplomas são iguais aos de uma faculdade presencial.

Além disso, o mercado de trabalho também melhorou bastante nesse sentido. Hoje, é comum ver empresas contratando profissionais que concluíram cursos de graduação na modalidade EAD sem a distinção do profissional graduado presencialmente. Isso é reflexo da confiabilidade do ensino EAD que as instituições brasileiras estão entregando ao seu público.

Desta forma, chegamos à conclusão de que o formato de ensino não importa. O que é necessário mesmo é a disposição e dedicação do aluno para autonomia nos estudos e gestão do tempo.

E você, já pensou o que é melhor para manter seus estudos em foco?

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.