O uso racional da energia elétrica


Por Tribuna

13/03/2016 às 07h00

A utilização racional e eficiente da energia é uma atitude inteligente porque, além de economizar na fatura de energia, você também pode contribuir para a preservação do meio ambiente. Dessa forma, é fundamental que esse tema seja recorrente e que possibilite a sua prática pelos diversos setores da sociedade.

Conforme legislação vigente, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica são obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que tenham por objetivo o combate ao desperdício de energia elétrica. Essa aplicação consiste no Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição, e a regulamentação desses recursos é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Respeitando esta legislação, a Cemig, por meio do Programa Energia Inteligente, que é focado em eficiência energética, promove ações voltadas para uso consciente e eficaz da energia elétrica, contribuindo também para esse momento que os reservatórios estão em fase de recuperação, depois de um momento complicado de condições hidrológicas desfavoráveis.

O primeiro passo para o uso consciente da energia é entender como o consumo da energia ocorre. Podemos fazer uma analogia com o consumo de combustível, assunto que o brasileiro entende bem. O consumo de combustível depende basicamente de duas variáveis: a potência dos veículos e a distância percorrida. Um táxi geralmente tem uma potência

1.0, mas percorre grandes distâncias e por isso acaba consumindo bastante. Já um carro de grande potência talvez não seja utilizado com tanta frequência, mas quando é usado, tem grande consumo durante o tempo de uso.

O consumo de energia depende também, basicamente de duas variáveis: potência em Watts (W) dos equipamentos e o tempo em horas (h). Portanto, a variável que seria, no caso do consumo de combustível, “potência x distância”, na energia elétrica passa a ser “potência x tempo”.

O chuveiro é um aparelho que consome muita energia devido a sua potência elevada (em média 5.200 W), mas em compensação, tem um tempo de uso reduzido, na faixa de 20h por mês para uma família de quatro pessoas. No verão, é possível economizar com esse equipamento, mudando o seletor de temperatura da posição “inverno” para a posição “verão”, o que reduz a potência em até 30% e proporciona uma significativa redução no consumo final na fatura. Por outro lado, a geladeira tem uma potência pequena (em média 100 W), mas um eletrodoméstico em bom estado funciona 12 horas por dia, ou seja, 360 horas por mês. Porém, é comum encontrar geladeiras, em más condições de conservação,

funcionando muito mais horas por mês. Dessa forma, podemos dizer que ao ligar um chuveiro estamos ligando 50 geladeiras, mas por um tempo menor de uso.

Ao adquirirmos um eletrodoméstico devemos verificar a potência. Os de potência menor são geralmente mais caros, mas a diferença é logo amortizada com a diferença paga na conta de energia. Uma geladeira simples de 280 litros com 15 anos de uso consome o mesmo que um aparelho duplex de 440 litros com o selo Procel.

Toda economia que fizermos no presente certamente será importante para as gerações futuras. Por isso, a eficiência energética é tão importante tanto para as concessionárias de energia quanto para a população.

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