Cuidador de idosos: bico ou profissão?
Por Elinete Rejane da Silva, Especialista em desenvolvimento humano e mestre em qualidade total
Graças à melhora da qualidade de vida, as pessoas estão vivendo mais e com saúde. Porém, as doenças rotineiras do envelhecimento, apesar de terem diminuído, ainda fazem parte da nossa natureza, e, mesmo que nos mantivermos com o máximo de autonomia, em algum momento, vamos precisar de alguém para nos auxiliar nas nossas atividades diárias.
Como dizia Simone de Beauvoir, “viver é envelhecer”. Em tempos de envelhecimento da população, há necessidade veemente de pessoas para cuidar deste novo público. Surge neste cenário em contrapartida, em busca de uma oportunidade de emprego, o cuidador de idosos.
Com a crise de empregos, muitas pessoas ultrapassam a razoabilidade em busca de dinheiro rápido. E, nessa procura desenfreada, entram para o mercado de trabalho sem nenhum preparo. Porém, cabe a nós limitar que profissional queremos para trabalhar conosco.
Tratar o ato de cuidar de idosos como bico, como uma ação sem importância pode causar efeitos danosos e irreversíveis na vida das pessoas que estão sendo cuidadas. É primordial que as pessoas se qualifiquem para cuidar dos idosos, seja em casa, seja nas instituições de longa permanência, e que acompanhem as mudanças geradas pelo novo envelhecimento.
Os cuidadores de idosos atuais devem ter um olhar holístico sobre o envelhecimento. Em primeiro lugar, é necessário que gostem de pessoas idosas. Em segundo lugar, que se habilitem a cuidar de idosos.
Para aqueles que querem ser cuidadores de idosos profissionais, é necessário se capacitar para construir uma postura profissional e ética, sendo capaz de diagnosticar dificuldades do idoso e ajudá-lo a realizar suas tarefas cotidianas, prevenir acidentes domésticos, acompanhá-lo ao médico e em seus passeios diários, além de prestar assistência de saúde com qualidade.
Este espaço é livre para a circulação de ideias e a Tribuna respeita a pluralidade de opiniões. Os artigos para essa seção serão recebidos por e-mail ([email protected]) e devem ter, no máximo, 35 linhas (de 70 caracteres) com identificação do autor e telefone de contato. O envio da foto é facultativo e pode ser feito pelo mesmo endereço de e-mail.