Onça-pintada


Por Antonio Sérgio Gervason de Macedo, guerreiro de Selva do Exército brasileiro

09/05/2019 às 06h41- Atualizada 10/05/2019 às 15h29

A onça-pintada é o maior felino do continente americano, podendo chegar a mais de cem quilos. É um animal robusto, com grande força muscular, sendo a potência de sua mordida considerada a maior dentre os felinos de todo o mundo. Suas presas naturais são animais silvestres como catetos, capivaras, jacarés, queixadas, veados e tatus.

Outra característica marcante dessa espécie é que ela não mia como a maioria dos felinos. Assim como o leão, o tigre e o leopardo, ela emite uma série de roncos muito fortes que são chamados de esturro. Originalmente, a distribuição desse animal se dava desde o Sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente, ela está oficialmente extinta nos Estados Unidos, é muito rara no México, mas ainda pode ser encontrada na América Latina, incluindo o Brasil.

De maneira geral, porém, suas populações vêm diminuindo onde entram em confronto com atividades humanas. No Brasil, ela já praticamente desapareceu da maior parte das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos, como o Pantanal e o Cerrado.

É um animal de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite. Espécie ameaçada de extinção e, ao mesmo tempo, emblemática das florestas brasileiras, a onça muitas vezes é considerada pelos fazendeiros uma ameaça, devido à predação do gado.

A onça-pintada é um animal territorial e utiliza fezes, urina e arranhões em árvores para delimitar sua área de vida. De hábito solitário, interage com outros indivíduos da espécie apenas no período reprodutivo, sendo que um macho pode acasalar com várias fêmeas.

Portanto fica uma dúvida: como essa onça veio parar aqui, visto ser um animal estritamente territorialista, e qual seria a sua alimentação, visto ser a maioria carnívora por excelência?

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