Quatro presos pelo homicídio no Aeroporto são soltos
Família de Felipe Ladeira, vítima do crime, realizará ato em protesto contra a soltura
Quatro homens que estavam presos preventivamente, acusados de envolvimento no homicídio de Felipe Ladeira, ocorrido no Bairro Aeroporto, foram soltos, na última quarta-feira (7), após determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Victor Oliveira Assis Madeira, João Pedro Lopes da Silva Souto, João Carlos de Oliveira e Rafael Jefferson de Souza Venâncio foram indiciados por homicídio qualificado, na modalidade de omissão, quando poderiam e deveriam agir para evitar o resultado, mas não o fizeram.
A advogada dos quatro, Camila Viana, informou que ainda não teve acesso à decisão, porque ainda falta o voto de um desembargador para que o voto completo seja divulgado. Por isso, não se sabe qual é a argumentação dada em prol da soltura. Porém, como a maioria dos votos prevalece, e dois desembargadores votaram favoráveis à concessão da soltura parcial, eles foram colocados em liberdade.
À Tribuna, o TJMG confirmou, em nota, a expedição dos alvarás de solturas pela 4ª Câmara Criminal. “No entanto, o processo tramita sob segredo de justiça. Sendo assim, não será possível repassar mais detalhes sobre a decisão”, informou o órgão.
A mãe da vítima, Ana Maria Ribeiro, fez duas publicações em sua rede social, após a soltura. Em uma, convoca os seguidores para um ato em protesto, nesta quarta, às 16h30, em frente ao Fórum. Na outra, pergunta: “Desembargadores, por que soltaram esses assassinos? Nossa família está com medo de andar na rua, sendo que eles que são os assassinos. Como fica a nossa segurança?”.
Sebastião Felipe Ladeira, de 37 anos, foi morto no Bairro Aeroporto, Cidade Alta, no dia 23 de março, após se envolver em uma briga em uma casa noturna. No total, dez suspeitos,com idades entre 26 a 43 anos, foram indiciados: o filho da proprietária do estabelecimento, três seguranças da casa noturna, três produtores de shows da cidade, um empresário, um trabalhador de linha de produção e um indivíduo que trabalha com eventos. A pena deles pode variar de 12 a 30 anos de prisão.

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