Passageiros enfrentam problemas em viagem de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro
Usuários reclamam de falta de suporte do Grupo Guanabara após ônibus apresentar falha mecânica
Passageiros que viajavam de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro na manhã da última quinta-feira (1°), durante o feriado do Dia do Trabalhador, enfrentaram problemas com o veículo do Grupo Guanabara. De acordo com relatos ouvidos pela Tribuna, o ônibus apresentou problemas no motor e uma fumaça invadiu os dois andares do transporte.
“Quando estávamos passando por Petrópolis, começamos a sentir muito cheiro de queimado, que ia aumentando rapidamente, até que uma moça gritou que estava pegando fogo no banco dela. Eu olhei para trás e vi que saía muita fumaça diretamente deste banco”, diz Ludmilla Abreu, uma das passageiras.
Ela conta que estava no segundo andar do ônibus e que tentou acionar o motorista pelo telefone, mas o mesmo não funcionava. As pessoas começaram a correr e descer para o primeiro andar, onde havia mais fumaça. “As pessoas também estavam saindo de seus assentos e tentando falar com o motorista, mas o telefone do andar de baixo também não funcionava.”
A situação, de acordo com a passageira, durou cerca de cinco minutos, com a fumaça aumentando e sem comunicação com o motorista. “Até que ele atendeu aos gritos e parou o ônibus em frente à rodoviária de Petrópolis. Ao desligar o ônibus, a fumaça cessou. Eu fui para o Rio de uber, outras pessoas compraram passagem na rodoviária de Petrópolis e outras ficaram lá aguardando outro ônibus”, relata.
Também no veículo durante a viagem, Daniel Furlan estava dormindo e acordou com o mesmo cheiro de queimado. “As pessoas, me incluindo, começaram a entrar em desespero, que cresceu à medida em que a fumaça aumentava e o motorista não respondia. Tentamos abrir a saída de emergência, mas estava bem travada. Quando finalmente tivemos resposta do condutor, ele parou o ônibus e viu que na parte traseira do veículo de dois andares também tinha bastante fumaça.”
Daniel ainda relata que o motorista examinou o ônibus para tentar descobrir o problema. De acordo com o passageiro, a inspeção deu a entender que a situação tinha sido causada pelo ar condicionado, que havia parado de funcionar. “Quando ele desligou o veículo, a fumaça diminuiu, mas não o suficiente para termos coragem de embarcar novamente – o próprio condutor não sugeriu isso. Além disso, nos informou que um novo ônibus viria do Rio de Janeiro para nos buscar, em Petrópolis.”
Apesar disso, Daniel conta que o ônibus nunca apareceu, o que levou à realocação dos passageiros em outros veículos da companhia. “Entramos de grupo em grupo, a partir da disponibilidade de cada viagem. Algumas pessoas desistiram de esperar e até compraram novas passagens de outras empresas. Foi um cenário caótico. Eu consegui entrar na última remessa, depois de duas horas. Foi desgastante e assustador”, afirma.
A reportagem solicitou um posicionamento do Grupo Guanabara, que não se posicionou até o fechamento desta edição.