O amor e o medo…


Por CARLOS REZENDE, POLICIAL MILITAR

07/08/2015 às 07h00

Todas as vezes que ouvi ou li alguma coisa relacionada ao amor e ao medo, o argumento era sempre o mesmo, de que o medo impede de amar, de que quem tem medo de amar nunca terá um amor e nunca será amado, e por aí vai… Também me falaram e aprendi sobre o amor e o medo, cada um no seu momento. Primeiramente, como de costume a todos nós, aprendemos sobre o amor, amor em família, amor ao próximo, amor carnal, amor a Deus, várias formas de amar, em circunstâncias diferentes em nossas vidas.

Aprendi também sobre o medo, que o medo nos deixa vivo, que o medo às vezes nos protege e que quem ama a Deus o teme… Daí, surge, a meu ver, uma forma diferente de empregar esse medo ao amor. Já ouvimos frases como: quem ama cuida, quem ama protege, quem ama não bate… Na somatória de todas essas ideias, acrescidas também à ideia do amor relacionado ao medo, podemos criar uma outra solução para amarmos cada dia mais, para amarmos cada vez melhor e com mais intensidade a pessoa amada.

Pois bem, quando associarmos que o medo pode ser um ponto inicial ou final de nossas ações, na busca consciente de perpetuarmos o nosso relacionamento, teremos uma certeza palpável de que estaríamos fazendo nossa parte nesse relacionamento, e, se o outro também estiver nessa mesma sintonia, este relacionamento iria ser duradouro.

Mas como associar o medo ao amor? Simples: se quero com certeza, se escolhi, se “perco” meu tempo, se me dedico, se me preocupo, se protejo, é porque amo verdadeiramente! Aí entra o medo, não o medo covarde, mas o medo consciente, como o medo que me deixa vivo. Tenho que ter medo de perder a minha pessoa amada, tenho que ter esta certeza, porque, se eu perdê-la, irei sofrer e não saberia dizer o quanto seria esse sofrimento, o quanto mal esse sofrimento me acarretaria. Então, tendo consciência desse medo, tentarei de tudo para não errar, não magoar, não trair, não enganar, não machucar, não iludir. A perda é uma consequência de nossas ações, e o medo da perda faz pensar, porque quem realmente ama sempre terá o medo de perder!

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.