Advogados de vítima em caso de estupro coletivo se manifestam e apontam vulnerabilidade psíquica da mulher

Em nota enviada à Tribuna, advogados da vítima se manifestaram pela primeira vez após o crime ocorrido em 7 de abril


Por Tribuna

24/04/2025 às 14h43- Atualizada 24/04/2025 às 16h46

Após o caso de estupro coletivo de uma mulher, ocorrido em 7 de abril em um condomínio na Zona Oeste de Juiz de Fora, os advogados da vítima se manifestaram, nesta quinta-feira (24), pela primeira vez após o crime. Em nota enviada à Tribuna, os profissionais afirmam que, no momento em foi submetida à violência, ela encontrava-se em estado de vulnerabilidade psíquica, o que a impediria de ter compreensão da realidade. 

“As provas reunidas pelas autoridades competentes confirmam a veracidade do relato da vítima, que, à época dos fatos, encontrava-se em estado de vulnerabilidade psíquica, sem plena capacidade de discernimento. Suas reações foram reflexas, influenciadas pelas circunstâncias externas.”

A mulher é representada pelos advogados Antônio Carlos de Oliveira Filho e Marcelo Rodrigues Furtado de Mendonça. Os profissionais argumentam que a narrativa apresentada pela defesa de um dos suspeitos de cometerem o crime não condiz com a verdade dos fatos que estão sendo devidamente apurados pelas autoridades competentes.

“A conduta do investigado se torna ainda mais grave pelo fato de ele ter invadido a residência da vítima e registrado em vídeo o ato criminoso, sem consentimento, com o intuito de exposição, agravando os danos morais e psicológicos.”

Os advogados da vítima também destacaram que a apuração dos fatos conta com “provas sólidas, incluindo registros que comprovam a invasão, reforçando a gravidade do ocorrido”.

“Por respeito à vítima, à sua família e ao devido processo legal, não serão fornecidos detalhes adicionais neste momento. Reiteramos nossa confiança nas instituições responsáveis pela apuração e julgamento do caso, certos de que a Justiça será feita com firmeza e celeridade”, finaliza a nota. 

Fotógrafo é considerado foragido pela PC

O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, que instaurou um inquérito para apurar o crime e solicitou à Justiça a prisão temporária de todos os cinco acusados de envolvimento no crime. Até o momento, quatro vigilantes estão presos. O fotógrafo Rian Rabelo permanece foragido, segundo a Polícia Civil. 

Nessa quarta (23), a Tribuna procurou a defesa dos suspeitos, representada pelos advogados Rudolf Rocha e Thiago Rodrigues. Os profissionais informaram que não vão se manifestar sobre um dos clientes ser considerado foragido. Eles apontaram, contudo, que a inocência do fotógrafo será comprovada nos autos do processo. 

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