Um novo tempo
Jair Bolsonaro quebrou um ciclo de revezamento entre tucanos e petistas e se mostra como líder de um novo modelo de governar
Desde a democratização, com o retorno das eleições diretas para presidente em 1989, o país nunca viveu uma mudança tão drástica em sua gestão. Nos últimos 20 anos, PSDB e PT se revezaram no poder, com uma breve ocupação de dois anos do MDB, mesmo assim por ter indicado o vice na chapa da petista Dilma Rousseff, cujo mandato foi cassado pelo Congresso.
A chegada do deputado Jair Bolsonaro à Presidência da República não só quebra esse ciclo como faz uma inflexão à direita com viés conservador, abonada pelas urnas de outubro por expressiva maioria. Desde 2013, quando o povo foi às ruas protestar contra o status quo, já se sabia que haveria mudanças. Cinco anos depois, se consolidaram com a eleição do representante do PSL.
O desafio, agora, é manter viva a chama de mudanças que se revelou nas urnas. A responsabilidade do novo Governo é dobrada, por ser depositário de esperança de mais de 54% da população brasileira. Será, no entanto, presidente de todos e, por conta disso, aumentará o desafio.
O tempo é de esperança, como tem sido a cada mudança de gestão, mas o novo formato desperta mais atenção por ser disruptivo, pronto para apresentar novos tempos na administração do país.