Nossa missão
Aos 38 anos, a Tribuna mantém a meta de ser um espaço permanente de discussão e de divulgação dos fatos que fazem a história do mundo
Na edição deste domingo, a Tribuna traz um caderno especial com um resumo de seus 38 anos, comemorados no mês de setembro. Desde a sua primeira edição, no distante 1981, o jornal se incorporou ao cotidiano de Juiz de Fora com a missão de não apenas registrar os fatos – e eram muitos no período de descompressão política – mas também de ser um fórum permanente de discussão. Como as pessoas fazem os fatos, e estes contam a história do mundo, não basta divulgá-los. É necessário discutir sua origem e suas consequências.
Com o advento do mundo digital, a notícia, em si, chega velha às bancas, já que os usuários das redes sociais se transformaram em repórteres de primeira hora. Mas é o jornal, o velho e atual jornal impresso, que atua como curador de tais acontecimentos. É nele o espaço de exposição de ideias, e não de comentários rasos que mais separam do que unem pontos de vista. É também o local adequado para o contraditório. Hoje, na pressa da divulgação, o mundo digital pouco se afeiçoa à apuração. O jornal, não. Apura, busca o outro lado e só aí divulga.
A Tribuna também acompanhou essa mudança de paradigmas. Aos 38 anos, se integrou ao modelo digital. Tem um portal, um canal de TV, e suas postagens em tempo real levam ao leitor o fato imediato.
Essa jornada, porém, não foi um passo simples de uma época para a outra. O jornal viveu e registrou as transformações que marcaram a virada do milênio. Viu o general Figueiredo fechar o ciclo militar e sair pela porta ao lado do Planalto para não entregar a faixa ao sucessor, José Sarney. Ele apostava em Tancredo Neves, a mesma opção das ruas, a despeito de sua vitória ter sido consolidada no Colégio Eleitoral. A Tribuna, numa edição especial, que circulou numa segunda-feira, também registrou a morte do presidente eleito sem ter sido empossado.
Quando o empresário Juracy Neves investiu na comunicação impressa – ele já era proprietário da Rádio Sociedade, hoje CBN -, sua preocupação era defender a livre iniciativa e fazer do jornal um espaço de discussão das demandas da cidade e da região. Defendia e defende o crescimento integrado.
A região só será forte se todos crescerem, e não apenas Juiz de Fora. Esse discurso continua nos debates, mas esbarra nos velhos conceitos que ainda permeiam as discussões especialmente na instância política. Mas a Tribuna não desistiu nem desistirá.
O leitor, nesta edição, terá a oportunidade de acompanhar os passos de um jornal que registra, que promove, que induz a mudanças. No nosso aniversário, os parabéns são para o leitor.