TV ou internet?

Candidatos têm vários caminhos para chegar ao eleitor, mas esta pode ser a última eleição em que a propaganda pelo rádio e pela televisão ainda será protagonista


Por Tribuna

25/08/2018 às 07h00

Seja lá qual for a estratégia dos candidatos, o começo da propaganda eleitoral, previsto para o dia 31, é o marco que o eleitor espera para, de fato, começar a conhecer as suas intenções. Será também o momento de estes apresentarem suas propostas, hoje diluídas em entrevistas pelo país afora, mas sem o detalhamento necessário. É fato que a maior parte da população não é muito chegada ao economês, mas não abre mão de saber detalhes mínimos das candidaturas, hoje, em boa parte, mais fruto do noticiário e do marketing do que das suas próprias virtudes.

Nem todos, até por falta de tempo na propaganda, vão escolher o rádio e a TV como espaço prioritário para sua apresentação. Com o avanço das redes sociais, esse território – já sendo utilizado – deve ser o campo escolhido para chegar mais perto do eleitor. Mas, por outro lado, ainda é um campo minado pelas fake news, o que pode ser bom, mas também trágico para algumas candidaturas.

O uso da internet como palanque eleitoral já vem sendo feito há algum tempo, mas a aposta para este ano é saber se ela será mesmo o principal espaço de discussão ou se a televisão ainda é o melhor local. Os especialistas divergem, mas avaliam que já em 2020 a rede mundial vai se tornar a prioridade não só pelo seu alcance, mas também pela capilaridade. Ademais, o acesso é mais democrático, podendo ser executado em qualquer espaço, desde que haja uma conexão.

Com o começo da propaganda, é necessário, porém, ampliar a avaliação. Até por costume, as atenções se voltam mais para os postos majoritários, como Presidência da República e governador, mas, num presidencialismo de coalizão, ficar de olho nos deputados e senadores também deve fazer parte do dever de casa, pois são eles a dividir as responsabilidades com o Executivo. Um Congresso mais atuante e menos patrimonialista é a saída ideal para rever o balcão de negócios que se estabeleceu ao curso dos anos entre as duas casas.

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