PIRES NA MÃO
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi uma grande sacada do Governo Lula, pois tirou do marasmo uma série de projetos estratégicos para o país, mas, a partir do momento em que passou a ser moeda de troca política, entrou em rota de desmonte. E, nesse cenário, a própria União, governos estaduais e municipais ficaram a ver navios, muitos deles com obras no esqueleto que ainda não conseguiram ir adiante. Outros, com projetos em cima da mesa sem chances de sair do papel.
No caso de Juiz de Fora, a revitalização viária, que previa uma série de investimentos, vive essa situação. Projetos inseridos no programa estão sem data, sequer para começar, enquanto outros estão em compasso de espera, ficando a conta para o usuário do sistema, hoje deveras comprometido pelo excesso de demanda. Na edição de domingo, a Tribuna mostrou ruas e avenidas comprometidas pelo número cada vez maior de carros e sem estrutura para esse novo fluxo.
A mudança de governo não é garantia de sucesso, pois os ministros da área econômica já avisaram que o rombo é maior do que o esperado. Isso indica que, enquanto não houver um ajuste das contas, pouco será feito na área de investimentos, sobretudo de infraestrutura, embora haja necessidade premente de sua implementação.
Como disseram as autoridades de trânsito, e constatado pelo jornal, a cidade tem pontos críticos na sua área central que só serão resolvidos com investimentos. E é aí que reside o problema: de onde tirá-los? Resta insistir com a representação política, para que entre no jogo não só no estado como em Brasília. Para isso, o eleitor, no último pleito, elegeu uma expressiva representação tanto estadual quanto federal.