Estradas de Minas
Relatório da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra resultado de pesquisa avaliando a situação das rodovias nacionais. Há dados preocupantes
A situação das rodovias do país está de mal a pior, embora a média aponte para regular, de acordo com pesquisa divulgada nessa quarta-feira (17) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Em Minas, onde se situa a maior malha, 1.244 quilômetros são considerados ótimos; 4.650 quilômetros são considerados em boas condições; 5.980 quilômetros estão em estado regular; 2.892 quilômetros são ruins, e 464 quilômetros são classificados como péssimos. No caso de Juiz de Fora, tanto a BR-040 quanto a BR-267 pecam mais pela sua geometria do que pela qualidade da pista.
De fato, se comparadas com outras regiões, estão acima da média, especialmente a BR-040, mas todas carecem de novos investimentos, a fim de manter a qualidade do que já está nos níveis adequados e efetuar as correções necessárias. São projetos de melhoria que estão no pacote da concessão. Em direção ao Rio de Janeiro, a duplicação da pista na Serra de Petrópolis é prioritária, pois o atual cenário não resolve a situação dos usuários e causa prejuízos à própria concessionária. Já em direção a Brasília, são vários pontos que ainda precisam de melhoria, como os viadutos que cortam a vizinha cidade de Santos Dumont.
Construídos ainda nos anos 1960, são áreas críticas para os usuários, pois são de pista dupla e em curva. Para a época, foram modernos, mas o fluxo era outro. Hoje, cruzar com veículos pesados em sua extensão é um risco dobrado. A concessionária Via 040, que gerencia o trecho, tem no projeto original mudanças importantes, como a transferência da via para outros trechos, mas, como está de malas prontas para desembarcar da concessão, não se sabe quando tal providência será tomada.
A ideia central das empresas é retornar o controle para o Governo, mas, se para elas é um bom negócio, para quem usa as rodovias a mensagem é negativa, pois o Dnit, diante da falta de recursos, não teria meios de fazer a manutenção adequada. Com isso, voltaríamos aos velhos tempos em que o jogo político influenciava com pedidos ao Governo de acordo com as suas próprias conveniências, e não de acordo com a demanda. Retornar a esse ciclo seria um passo atrás.