SEM LIMITES
As ruas pelo país afora estão cada vez mais perigosas e Juiz de Fora não é exceção ante a ousadia dos bandidos, que ultrapassa limites. No início da noite de quinta-feira, em horário de grande movimentação, eles invadiram uma agência bancária dentro do JF Informação – posto que funciona no antigo prédio da Prefeitura, na Rua Halfeld com Avenida Rio Branco -, amordaçaram quatro funcionários e fugiram. O valor roubado não foi informado, mas o gesto em si é preocupante.
Na região, há câmeras de vigilância, assim como no próprio posto, mas o crime, a despeito disso, foi consumado. No seu relato, as vítimas disseram que os assaltantes estavam armados de revólveres. E aí é possível abrir uma nova discussão, desta vez sobre o acesso às armas. Na maioria dos crimes praticados em Juiz de Fora, seja contra a vida ou contra o patrimônio, os autores se apresentam com armas de fogo. De onde elas vêm e como chegam à cidade ainda é um enigma.
A segurança pública continua sendo o desafio para todas as instâncias de poder. Tanto União quanto estados e municípios vivem o dilema permanente de garantir o direito de ir e vir da população, mas não está fácil. Até em espaços considerados seguros já não há mais a certeza, como apontam as ocorrências registradas pela polícia e explicitadas pelos veículos de comunicação.
As autoridades da segurança pública argumentam que a questão não é meramente de repressão, pois tiram das ruas os bandidos que se aproveitam da legislação e do sistema para voltarem à rotina, levando-as ao retrabalho. Esta semana, um adolescente foi apreendido. Quando puxaram sua ficha, viram que tinha 43 passagens pela polícia. E aí, como explicar tal situação?