Voto consciente

Encontro do povo com as urnas é a consagração da democracia e o momento para acertar conta com os políticos, elegendo os que, de fato, se empenham na defesa do interesse coletivo


Por Tribuna

07/10/2018 às 07h00

O eleitor volta às urnas neste domingo para definir a formação do Congresso Nacional, das assembleias, dos governos estaduais e da Presidência da República. É um momento único na democracia, pois soa como um acerto de conta entre as ruas e a instância política sem que se configure algum antagonismo. Ao contrário, é a oportunidade de o eleitor definir seus representantes nos parlamentos e os seus dirigentes, o que exige, portanto, o voto consciente.

Embora curta, a campanha eleitoral de 2018 se mostrou atípica, forjada num cenário de confronto e de discussão sobre o futuro. Os candidatos tiveram a oportunidade de se apresentar ao eleitor, e todos os cenários apontam para a polarização na disputa pela Presidência da República. Há um fator diferente nessa jornada. O PT permanece, mas o PSDB foi substituído pelo PSL, um partido modesto, mas com um nome de forte apelo nas ruas, capaz de tirar de cenas caciques da política que patinam na faixa de um dígito.

Essa mudança faz parte da democracia, mas mostra, também, o poder das redes sociais, que, aos poucos, vão substituindo a televisão no papel de mobilizador das massas. Por elas trafegaram informações de toda sorte, boa parte falsa, mas com capacidade de elevar ou desconstruir biografias. Tudo isso, porém, só será avaliado com precisão no futuro da história.

O dado real é a necessidade de o eleitor ficar atento não apenas ao voto majoritário. A formação do Congresso e das assembleias é estratégia para implementação das medidas defendidas pelos candidatos aos governos estaduais e à Presidência. Deputados e senadores precisam estar conectados com o interesse coletivo, e é esse o momento para consolidação desse quadro. No caso local, Juiz de Fora terá um expressivo contingente de candidatos – o maior dos últimos anos -, mas mantém a sua capacidade de eleger uma expressiva bancada na Assembleia e na Câmara Federal. Com um colégio eleitoral que se aproxima dos 400 mil inscritos, o município tem que fazer valer a sua força não só em termos de tamanho da bancada, mas também no comprometimento de seus representantes.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.