Só promessas

Prefeitos e até mesmo governadores têm recebido promessas de mudanças, mas, por enquanto, saúde financeira dos estados e dos municípios continua precária


Por Tribuna

02/12/2018 às 07h00

Já estamos em dezembro, e ainda não se encontrou uma saída para a questão envolvendo a dívida da União para com os estados e destes para os municípios, num processo em cascata que cai na conta dos servidores e, principalmente, da população, que se vê privada de serviços essenciais, especialmente na área de saúde. Faltando um mês para a mudança de gestores, o que se vê são meras promessas sem uma definição clara do que virá pela frente.

Talvez se espere a posse para jogar a questão na pauta do futuro Governo, mas seria importante sinalizar, desde já, o que pode ser feito, a fim de garantir um mínimo de certeza para as partes prejudicadas. A futura equipe econômica tem sinalizado que está sensível ao problema dos governadores e dos prefeitos, mas não avançou, talvez por falta de informações plenas sobre a saúde financeira do Governo federal ou por ainda não ter formatado um projeto de Governo, mas é fundamental que antes mesmo da posse antecipe algumas medidas.

Os municípios, nos quais ocorre o desfecho de todas as demandas, estão de mãos e pés atados, restando a todos manter uma agenda comum de protestos. É emblemático, porém, o baixo envolvimento de deputados e senadores que atuam em situações estanques quando deviam, pelos próprios fatos, cobrar medidas urgentes de Brasília.
Já com a próxima legislatura definida, a conversa com os futuros parlamentares ou os reeleitos tem que ser objetiva, a fim de garantir que os municípios tenham condições mínimas de governabilidade.

Hoje, como relata a Confederação Nacional dos Municípios e, por extensão, a Associação Mineira dos Municípios, a gestão dos cofres municipais tornou-se um fardo para os prefeitos sobretudo pela falta de perspectiva de mudanças a despeito das muitas promessas que têm sido feitas.

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