Mercado informal
Número de trabalhadores na informalidade aponta para a necessidade de reformas urgentes, a começar pela Previdência Social
O mercado informal, fruto dos impasses econômicos que permeiam o dia a dia do país – há no mundo situações semelhantes -, é um dado relevante na análise de cenários e perspectivas, por apontar para a necessidade de reformas, a começar pela Previdência. Há consenso para superação de possíveis problemas, como a reforma. Ela é fundamental por ser o primeiro passo para o aquecimento da economia. O setor produtivo só vai perder o seu ceticismo quando a matéria for aprovada pelo Congresso. Até lá, todos ficam com pé atrás, implicando a não contratação de profissionais.
Na edição deste domingo, a Tribuna mostra a situação de vários personagens que tentam ganhar a vida na informalidade não por interesse próprio, mas por terem sido induzidos para este caminho. Muitos têm qualificação, mas não acham vagas; outros estão despreparados para os novos tempos, ficando na retaguarda das contratações. Os profissionais, como destacam os técnicos do mercado, precisam de atualização permanente ante um segmento cada vez mais competitivo.
Mas a reforma não esgota o problema se não for acompanhada de outras ações, como a reforma tributária, a fim de garantir incentivos para o setor produtivo e o fim das hostilidades na instância política. A despeito de fazer parte do jogo, os enfrentamentos não produzem dados positivos, ampliando apenas as incertezas dos investidores. Tanto o Executivo quanto o Legislativo precisam se convencer de que estão todos dentro do mesmo projeto de recuperação do país.