Polícia Civil apura morte de estudante atingida por garrafa de vidro em evento
Crime foi registrado em Rio Pomba no último sábado; suspeita foi presa em flagrante
A Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (27) as apurações sobre a morte da estudante Vitória Vieira, de 18 anos, morta após ser atingida por estilhaços de vidro, em Rio Pomba. O crime, ocorrido no município distante cerca de 100 quilômetros de Juiz de Fora, foi registrado por volta das 2h do último sábado (25), durante a Exposição Agropecuária da cidade.
Vitória teria sido morta por engano, pois, segundo relatou a suspeita, 20, à Polícia Militar, no dia do crime, ela teria pegado a garrafa da mão de outra pessoa e a jogou com a intenção de atingir a ex do seu namorado, mas acabou acertando outras vítimas. A garota chegou a ser socorrida por bombeiros civis, foi encaminhada para o Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito na unidade de saúde.
Um pouco mais tarde, chegou ao hospital uma jovem, 20, com um corte no rosto. Ela disse que a ferida foi causada por uma garrafa de vidro que atingiu sua cabeça e quebrou logo em seguida. A PM de Rio Pomba ressaltou que, antes do evento, foi feita reunião com os organizadores sobre a proibição de garrafas e copos de vidro no local. Por este motivo, os seguranças não permitiram a entrada na Expo Rio Pomba destes materiais. Uma testemunha, no entanto, teria relatado que comprou a garrafa de vodka, lançada pela suspeita, em uma barraca dentro do evento.
A suspeita foi identificada por meio das imagens das câmeras de monitoramento da exposição e, de acordo com a PM, é natural de Tocantins (MG) e reside em Rio Pomba com o namorado. Ela foi presa em flagrante por homicídio e, após prestar depoimento, encaminhada para unidade prisional.
Por meio de nota, a Prefeitura do município prestou condolências à família da jovem, reforçando que a identificação da autoria só foi possível graças às imagens captadas pelas câmeras de monitoramento instaladas no Parque de Exposições. Ainda conforme o texto, as empresas contratadas estavam cientes, mediante cláusulas contratuais, que era expressamente proibida a venda de bebidas em garrafas de vidro. De acordo com o documento, está sendo apurado se o objeto que ocasionou o incidente é proveniente de uma venda ilegal. “Os responsáveis serão devidamente punidos”, diz o texto.