Líder do tráfico em Ubá é preso após ficar três dias escondido na mata
Houve confronto com a polícia e dois suspeitos foram baleados; homem é acusado de orquestrar série de assassinatos
Um dos principais líderes do tráfico em Ubá, cidade há 110 km de Juiz de Fora, foi preso em operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O homem, conhecido como Lázaro de Ubá, segundo divulgou o MPMG, é suspeito de orquestrar uma série de assassinatos no ano passado. A operação, de nome Xeque-Mate, foi deflagrada na última quinta-feira (16) e concluída no domingo (19).
De acordo com o MPMG, o suspeito ficou três dias escondido em uma mata densa esperando ser resgatado por comparsas às margens da rodovia MG-120. Durante o resgate, a Polícia Militar interceptou o veículo. Na abordagem, os ocupantes do carro dispararam contra os militares e estes revidaram os tiros, segundo o MPMG. A PM conseguiu capturar o veículo e prender os ocupantes. Além de Lázaro, outros dois homens e uma mulher foram encaminhados à delegacia.
Com eles, foi apreendida uma espingarda calibre 12, além de outras armas de fogo e munições. Além disso, foram encontrados 308 pinos de cocaína e uma barra e meia de maconha. Lázaro é suspeito de atentar contra a vida de policiais militares em janeiro deste ano. O fato aconteceu durante uma operação de busca e apreensão, quando ele teria atirado contra os agentes com uma pistola calibre 9 mm.
Procurado por tráfico e outros crimes
O homem era procurado desde 2022, quando a briga entre organizações criminosas levou a uma série de homicídios em uma região de Ubá conhecida como Corte Grande, que engloba os bairros Luz, Agroceres, Cristal e Solar. Após a identificação dos líderes desses grupos criminosos, a PM deflagrou várias operações, resultando na prisão e apreensão de armas de fogo, granadas antipessoal, munições e substâncias entorpecentes. Os materiais, segundo a polícia, pertenceriam a Lázaro.
A operação Xeque-Mate foi promovida também pela 3ª Promotoria Criminal de Ubá, e contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Grupo de Operações com Cães (Rocca), do Comando de Aviação do Estado (Comave) e das equipes do 21º Batalhão da Polícia Militar (BPM).