Diretores escolares exonerados são reconduzidos
Decisão foi tomada nesta quarta-feira (21), após reunião do colegiado das escolas estaduais Ali Halfeld, Batista de Oliveira e Coronel Antônio Alves Teixeira
Os diretores de três escolas estaduais de Juiz de Fora – E.E. Ali Halfeld, E.E. Batista de Oliveira e E.E. Coronel Antônio Alves Teixeira -, que haviam sido exonerados no final de setembro, foram reconduzidos aos cargos. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (21), após reunião do colegiado das respectivas instituições, de acordo com informações do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/ Subsede Juiz de Fora).
As exonerações dos diretores escolares haviam ocorrido em virtude da não participação dos servidores em um curso a distância de gestão escolar, ofertado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) no segundo semestre de 2019. “O sindicato mobilizou, fez manifestações e enviou cartas para superintendência, mostrando as incoerências e as contradições desse processo”, diz o coordenador geral da categoria, Alessandro Furtado Pacheco. “Esses diretores foram avaliados positivamente em anos consecutivos, e aí por causa de um curso que não conseguiram fazer foram exonerados? Um diretor inclusive, de Juiz de Fora, esteve doente durante o período desse curso e mesmo assim, foi exonerado”, aponta.
Na semana passada, a SEE encaminhou um documento às escolas informando sobre a possibilidade dos servidores apresentarem uma justificativa sobre a não conclusão do curso. Conforme a pasta, a explicação deveria ser submetida à apreciação do colegiado escolar de cada unidade. Caberia ao colegiado, também, decidir sobre acatar ou não os motivos apresentados.
Agora com a recondução dos diretores à gestão escolar, os mesmos serão notificados novamente, “pessoal e formalmente”, pela Superintendência Regional de Ensino (SRE) sobre a obrigatoriedade de concluir o curso. De acordo com a SEE, os servidores devem realizá-lo de forma integral e com aproveitamento mínimo de 60%.
A pasta ainda reforçou que a exoneração dos profissionais “ocorreu em razão do não cumprimento pelos mesmos do curso de formação oferecido pela SEE/MG, previsto como atividade obrigatória no termo de compromisso assumido por servidores ocupantes de cargo de provimento em comissão de diretor de escola ou de função de vice-diretor”.
Mobilização da comunidade a favor dos diretores escolares
A exoneração dos profissionais mobilizou a comunidade escolar das instituições juiz-foranas. Foi criado um abaixo-assinado on-line que pedia o cancelamento do ato de exoneração de um dos diretores. Conforme constava na página, a solicitação partia de um desejo da comunidade escolar, manifestado em reunião extraordinária de seu colegiado.
Uma nota de repúdio também circulou pelas redes sociais em objeção ao desligamento de outro educador. Nela é reforçada que ele “foi eleito democraticamente pela comunidade escolar com quase 80% dos votos”. Também contra a medida do governo estadual, professores e trabalhadores em educação realizaram uma manifestação contra a exoneração dos servidores.