Taxistas e motoristas de aplicativos debatem regulamentaĆ§Ć£o em JF
Ćs vĆ©speras da audiĆŖncia pĆŗblica que vai tratar do assunto, no prĆ³ximo dia 20, representantes das categorias participaram do Debate, na RĆ”dio CBN
A uma semana da audiĆŖncia pĆŗblica que irĆ” discutir a mensagem do Executivo para a regulamentaĆ§Ć£o do transporte por aplicativos na cidade, representantes de taxistas e dos motoristas que atuam no setor ficaram com os Ć¢nimos exaltados ao tratarem do assunto durante o programa Debate da RĆ”dio CBN Juiz de Fora, realizado nesta terƧa-feira (12). Em meio a uma discussĆ£o acalorada, os participantes apontaram tĆ³picos do documento elaborado pela Prefeitura que causam divergĆŖncia entre as categorias. Apesar de convidada, a Secretaria de Transporte e TrĆ¢nsito (Settra) nĆ£o enviou representantes para o programa. A audiĆŖncia pĆŗblica estĆ” agendada para a prĆ³xima quarta-feira (20).
Durante participaĆ§Ć£o no programa, o presidente do Sindicato dos Taxistas, JosĆ© Moreira de Paula, relembrou a manifestaĆ§Ć£o realizada pela categoria no dia 24 de janeiro. “O sindicato nĆ£o participou da organizaĆ§Ć£o, mas demos total apoio ao movimento, que pedia agilidade na aprovaĆ§Ć£o do texto de regulamentaĆ§Ć£o. Queremos igualar as condiƧƵes de trabalho, pois o transporte por aplicativo nĆ£o gera arrecadaĆ§Ć£o, e os motoristas nĆ£o passam por nenhum tipo de fiscalizaĆ§Ć£o.”
Afirmando serem favorĆ”veis Ć regulamentaĆ§Ć£o, os representantes da AssociaĆ§Ć£o dos Motoristas de Aplicativos de Juiz de Fora (Amoaplic/JF) disseram nĆ£o concordar com o texto que foi elaborado pela Prefeitura. “NĆ³s nĆ£o participamos da criaĆ§Ć£o deste documento, e 80% do que estĆ” escrito nele nĆ£o nos atende”, disse o presidente JĆŗlio CĆ©sar Peixe. “A gente Ć© a favor de uma regulamentaĆ§Ć£o justa, que nĆ£o atrapalhe o nosso trabalho nem a escolha do consumidor”, enfatizou o vice-presidente SĆ³stenes JosuĆ©.
Um dos pontos de divergĆŖncia sobre o texto se refere Ć limitaĆ§Ć£o do nĆŗmero de carros que atuam pelo sistema de aplicativo na cidade. “A Lei nĀŗ 13.640 autoriza a nossa atividade e permite ao municĆpio fiscalizar o serviƧo. A limitaĆ§Ć£o Ć© uma forma de inibir e, portanto, proibir o nosso trabalho, logo, Ć© inconstitucional. Se isto for aprovado pela CĆ¢mara, nĆ³s iremos derrubar na JustiƧa”, declarou Peixe. “Limitar o nĆŗmero de carros Ć© uma forma de regulamentar”, rebateu JosĆ© Moreira.
Embarque de passageiros
Elevando o tom da discussĆ£o, que precisou ser contida pelos apresentadores do programa, os participantes falaram sobre outro aspecto previsto na regulamentaĆ§Ć£o que causa desentendimento entre as partes: a proibiĆ§Ć£o de que veĆculos com placas de outra cidade atuem pelo sistema de aplicativo em Juiz de Fora. “Ć uma medida justa e que protege o municĆpio, pois garante que o motorista que faturar aqui vai gastar aqui”, defendeu JosĆ© Moreira. “NĆ³s nĆ£o concordamos, pois Ć© mais uma forma de inibir nossa atividade”, destacou SĆ³stenes.
Por fim, SĆ³stenes leu um dos artigos do texto da regulamentaĆ§Ć£o que tambĆ©m causou indignaĆ§Ć£o Ć categoria. “O texto diz que nĆ£o podemos parar para fins de captaĆ§Ć£o de passageiro em vagas de estacionamento, vias pĆŗblicas ou nas proximidades de edificaƧƵes de grande porte ou que ocorram atividade de comĆ©rcio, prestaĆ§Ć£o de serviƧo, esporte, lazer, turismo e cultura, bem como prĆ³ximo a repartiƧƵes pĆŗblicas ou local de grande fluxo de pessoas”, pontuou. “AĆ fica a minha pergunta: onde eu vou pegar o meu passageiro? NĆ³s queremos a sensibilidade dos vereadores para que este texto nĆ£o seja aprovado da forma como estĆ”.” JĆ” JosĆ© Moreira reiterou a necessidade de regulamentaĆ§Ć£o para a equiparaĆ§Ć£o das condiƧƵes de trabalho entre as categorias. “Do jeito que estĆ” nĆ£o dĆ” para continuar.”
TĆ³picos: transporte