Governo diz que indicadores seguem apontando para estabilização da epidemia
Segundo a SES, fatores como taxas de ocupação de leitos, solicitações de internações e número de óbitos não tiveram aumentos nas últimas semanas
Os indicadores epidemiológicos continuam dando sinais de estabilização da epidemia de coronavírus em Minas Gerais. É o que voltou a assegurar a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (3). Segundo o secretário Carlos Eduardo Amaral, as taxas de ocupação de leitos e de diagnósticos positivos, bem como as solicitações de internações e o número de óbitos não apresentaram aumento nas últimas semanas, o que reforça a convicção de que o estado vive um platô da epidemia. A taxa de transmissão, no entanto, ainda indica ligeiro aumento na proliferação.
Conforme Amaral, o percentual de exames positivos para o coronavírus nos laboratórios públicos do estado permanece em 30% há quatro semanas. Somado a demais fatores, o dado corrobora com a interpretação da pasta estadual de que Minas Gerais, em um contexto geral, vive o período de platô da epidemia, que é quando o avanço da doença não apresenta grandes saltos, o que também pode preceder a queda nos números. “A tendência à queda será o fator que vai nos fazer migrar para uma maior liberdade econômica e um novo normal”, disse o secretário, que voltou a ressaltar a importância da manutenção dos cuidados de higiene e a utilização de máscara de proteção.
A taxa de transmissão do vírus, o chamado Rt, permanece entre 1 e 1,05 (ou seja, um infectado transmite a doença, em média, para 1,05 pessoa). Para regressão da doença, o Rt deve ficar abaixo de 1, o que ainda não acontece em Minas Gerais. “Nós não conseguimos manter, de uma forma sustentada, a taxa abaixo de 1, mas ela vem mantendo nestes níveis.” Ainda conforme o titular da pasta estadual, o isolamento girava em torno de 46,7% no estado nesta segunda.
Minas Consciente
Na próxima quinta-feira (6), o estado inicia a “versão 2.0” do Minas Consciente, após reformulação no programa que regula a retomada econômica estadual. Com a mudança, algumas cidades, como Juiz de Fora, poderão passar da atual onda branca para a nova onda amarela do programa, a intermediária no planejamento do Governo de Minas Gerais.
Mas, segundo o secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, nenhuma região será indicada, em um primeiro momento, para a onda verde, o último estágio entre os previstos pelo programa. “Não haverá a possibilidade (de pular para a onda verde), já que, para que se passe da onda amarela para a onda verde, é necessário aguardar (ao menos) 28 dias na onda amarela”, explicou.
Celebrações religiosas
Questionado sobre a possibilidade de permitir a realização de celebrações religiosas, o secretário adjunto afirmou que os encontros devem seguir as regras de acordo com o estágio no Minas Consciente ao qual cada região está submetido. “(As celebrações) vão depender da onda em que se encontra a localidade. As reuniões religiosas vão se adequar à onda em que estiver o município para, então, adotar o protocolo próprio”, afirma Cabral.
Tópicos: coronavírus