Luiz Maurício é vice-campeão pan-americano sub-20 no lançamento de dardo

Melhor atleta adulto do Brasil, Luiz Maurício da Silva (CRIA UFJF) conquistou a medalha de prata no lançamento de dardo dos Jogos Pan-Americanos sub-20, em San José, na Costa Rica. O vice-campeonato foi obtido com novo recorde pessoal do juiz-forano na temporada, desta vez a marca de 74,51m, na quarta de cinco tentativas do atleta local. A primeira colocação quase veio, não fosse o último lançamento do norte-americano Tzuriel Perdigo, que atingiu 76,95m, novo recorde pan-americano. O bronze ficou com Tyriq Horsford, de Trindade e Tobago, com a distância de 71,42m.

“Foi a melhor prova que competi na carreira, até porque consegui minha melhor marca e saiu a medalha. Acho que agora tirei o peso de competir fora”, destacou à Tribuna o juiz-forano, relembrando que há um ano, em Tempere, na Finlândia, ele lançou 60,74m, resultado abaixo das próprias expectativas na primeira grande experiência internacional.

O atleta do projeto de extensão de atletismo da UFJF ainda lembrou as sensações vividas durante a competição e reiterou o sentimento em conquistar a medalha de prata. “Eu sabia que não seria fácil sair com a medalha, porque no ranking eu estava em quarto lugar entre os competidores. Logo, eu tinha que fazer uma marca acima dos 74 metros. Quando consegui os 74,51m comemorei muito. Tinha pulado para primeiro lugar, faltavam dois lançamentos dos adversários e no último o americano conseguiu o recorde pan-americano. Mas do mesmo jeito fiquei feliz demais com o resultado e sei a importância desse título. Não conseguiria sozinho, por isso agradeço as pessoas que fizeram parte desta medalha e a equipe do CRIA UFJF”, reitera.

“Resultado sensacional”

Técnico de Luiz Maurício na Federal, o professor Jefferson Verbena exaltou o feito mesmo após o lançador ter obtido uma sequência de quebras de recordes pessoais ao longo do último ano. Em maio, o atleta havia registrado 70,04m no Mineiro Sub-20, em Belo Horizonte (MG). No mês seguinte, no Sul-Americano da categoria, em Cali, na Colômbia, atingiu 71,17m. A agora segunda melhor marca da carreira, 74,32m, foi alcançada em 30 de junho, em Juiz de Fora, no Estadual de Atletismo.

“É mais um resultado sensacional. Era uma dificuldade conseguir manter o alto rendimento dele em mais uma competição. Ele já vinha em uma crescente grande e no treinamento há essa dificuldade de manter esse elevado nível de performance. Mas conseguimos controlar a carga do treino, variar as ações motoras necessárias para que ele chegasse no máximo desempenho e tivesse sucesso. Deu muito certo”, avalia Jefferson.

Ainda segundo o técnico, “ficou aquele sentimento de a primeira colocação ter sido perdida no último lançamento do americano. Mas digo que prefiro o segundo lugar em uma situação como a dele, melhorando a marca, do que se tivesse até ganhado a prova, mas com uma marca bem abaixo do que costuma fazer. Ele se portou muito bem em uma competição internacional e isso foi fundamental”, opina.