Ademir Fonseca é o novo técnico do Tupi
Ademir terá apenas três jogos para buscar a classificação para a segunda fase. Vice-campeão do Módulo II do Mineiro com o Uberlândia, treinador somará terceira passagem por Santa Terezinha
A três rodadas do fim da fase classificatória, Ademir Fonseca, 56 anos, substituirá Beto Sousa, 38, no comando técnico do Tupi na Série D do Campeonato Brasileiro. Anunciada a demissão de Beto neste domingo (19), o Carijó concluiu, na segunda-feira (20), as negociações para o retorno de Ademir à Santa Terezinha, onde trabalhou em 2001 e 2010. Vice-campeão do Módulo II do Campeonato Mineiro com o Uberlândia Esporte Clube, Ademir encontrará o Tupi com apenas um ponto conquistado em três rodadas; os dois próximos jogos acontecerão em Novo Horizonte (SP) e Itaboraí (RJ). O treinador é aguardado, em Juiz de Fora, nesta terça (21).
“É com muito prazer que retorno ao Tupi. É a minha terceira passagem. Infelizmente, sempre em situações muito difíceis. Mas acredito que, com colaboração e união de todos – jogadores, comissão técnica, diretoria e imprensa -, possamos, mais uma vez, quem sabe, buscar uma classificação, que é praticamente impossível”, afirma Ademir. O primeiro contato entre o técnico e os jogadores deve acontecer nesta terça, no Estádio Salles Oliveira, em sessão de treinamento fechada à imprensa, em preparação para o confronto diante do líder Novorizontino, nesta sexta (24), às 19h30, no Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte. A apresentação de Ademir, entretanto, acontecerá somente na quarta, às 8h30, também em Santa Terezinha. “Vamos lutar muito, trabalhar nesses dias, conversar bastante e tentar extrair o máximo dos atletas para que eles possam desenvolver o melhor futebol”, completa.
Procurado pela Tribuna, o consultor de futebol do Tupi, André Luiz, não atendeu os contatos da reportagem. Em seis meses, Ademir Fonseca será o quarto treinador a passar por Santa Terezinha. Em 1º de dezembro último, junto ao elenco, Aílton Ferraz fora apresentado para o Campeonato Mineiro. Em 4 de fevereiro, anunciada a demissão de Aílton após cinco jogos, Gérson Evaristo fora apresentado para a sequência do estadual. Entretanto, em 24 de janeiro, a saída de Evaristo e membros da comissão técnica, bem como a demissão do então diretor de futebol Nicanor Pires, foram seladas pelo Carijó. Em 1º de março, André Luiz, responsável pela formação do elenco do sub-20, assumiu a gerência do futebol e, Beto Sousa, outrora auxiliar de Aílton Ferraz, o comando técnico do Carijó.
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Susto em Uberlândia
Ademir Fonseca foi anunciado como técnico do Uberlândia para a disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro em 9 de novembro último. Devolver o time do Triângulo Mineiro à elite era seu principal objetivo. Em 5 de maio, após a vitória sobre o Serranense, por 3 a 0, a missão foi cumprida. Classificado à final, o Uberlândia de Ademir, entretanto, finalizou a competição com o vice-campeonato, depois de empatar, em casa, em 1 a 1, com o Coimbra, mas perder, em Sete Lagoas, por 1 a 0.
Em 17 de março, na sexta rodada do Módulo II, um problema médico quase tirou Ademir da beira dos gramados. Após o confronto diante do Serranense, Ademir sofreu um infarto e foi encaminhado às pressas para o hospital; com o estado de saúde considerado grave, foi submetido a procedimentos cirúrgicos, como cateterismo e angioplastia. Cerca de 20 dias depois de sofrer infarto, Ademir Fonseca voltou às atividades junto ao elenco.
Vasto currículo
Ademir Fonseca é nome conhecido entre clubes do interior do futebol brasileiro, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; em 22 anos de carreira, acumula passagens por 39 clubes. Em Minas, além de dirigir o Tupi, em 2001 e 2010, comandou a Caldense, em 2004, 2007 e 2012; Ipatinga, em 2004; a URT, em 2016; e o Uberlândia, em 2019. Em São Paulo, esteve à frente de clubes como Ituano – em que foi campeão paulista, em 2002 -, São Bento, Mogi Mirim, Inter de Limeira e Santo André. Já no Rio de Janeiro, treinou Madureira, Volta Redonda, Cabofriense, América e Resende. Ademir foi ainda campeão paraense, em 2006, à frente do Paysandu, e campeão alagoano, em 2013, pelo CRB.