Tupynambás visita o Villa Nova após anos de hiato no futebol profissional
Com equipe mais carimbada, Baeta faz sua estreia no Mineiro em Nova Lima (MG), às 11h deste domingo
Para alguns, o apito inicial em Vila Nova (MG) neste domingo (20), às 11h, no Estádio Municipal Castor Cifuentes, o “Alçapão do Bonfim”, irá parecer um sonho. Após nove anos de inatividade no futebol profissional, o Baeta precisou de menos de três anos para alegrar os torcedores com o retorno também à primeira divisão estadual. Com uma equipe formada por atletas identificados com Juiz de Fora e vasta bagagem no mundo da bola, média de idade de 28 anos e comando do local Felipe Surian, o Leão do Poço Rico busca voltar a ser bronca, com o Villa Nova como primeiro adversário na caminhada histórica.
Atrás do sucesso e, porque não, de uma vaga na Série D de 2020, a diretoria do clube, capitaneada no futebol pelo vice-presidente Cláudio Dias e o Executivo de Futebol Alberto Simão, reestruturou o gramado do José Paiz Soares, em Santa Teresa, e bancou a pré-temporada em casa. Ídolos locais como Ademilson, Marcel, Marcelinho, os irmãos Leandro e Léo Salino e o goleiro Glaysson compraram o projeto e trabalham com os companheiros desde a apresentação, no último dia 3 de dezembro. Para o primeiro compromisso oficial, Surian garante uma competitividade já vista nos testes contra Boavista e Volta Redonda, finalizados em 1 a 1 no Rio de Janeiro. O desafio, agora, é entre leões.
“Teremos um jogo muito difícil. Antes de sair a tabela estávamos torcendo para sair uma partida em casa. Claro que todos os confrontos são difíceis, mas pegar o Villa em seus domínios faz o jogo ser ainda mais complicado no retorno do Tupynambás à primeira divisão. Fizemos uma boa pré-temporada, não saímos da cidade, mas nosso estádio nos deu condições de fazer bons treinos. Os jogos-treinos foram muito convincentes com equipes tradicionais da primeira divisão do Rio e isso nos deu um parâmetro e uma segurança para esse início de competição”, analisa Surian.
Formatação de elenco
Para uma competição de apenas 11 jogos na primeira fase, Surian e Simão priorizaram a formação de um grupo com menos peças e atletas fundamentalmente com dois tipos de perfis. “O Campeonato Mineiro tem esse nome, mas é um torneio. Não só o Mineiro, como todos os estaduais. Tiro curto. São 11 jogos, todos decisivos e, diante disso, sempre pauto minhas equipes com uma mescla de jogadores experientes, conhecedores da competição, com outros tantos jovens, com capacidade de evolução. Novamente formatei minha equipe em cima disso para que a gente ganhasse tempo nesse trabalho e não viéssemos a sofrer tanto principalmente nesse início de competição. Tenho certeza de que os mais velhos passaram informações importantes aos jovens, que estão munidos e concentrados, conscientes das responsabilidades de cada um”, observa o treinador do Baeta.
Pés no chão
O contexto pede cautela ao Tupynambás. Para Surian, o time que acaba de retornar à principal competição do estado deve, prioritariamente, fincar os pés na elite. “O primeiro objetivo de toda equipe que sobe, e principalmente o Tupynambás, quase dez anos sem o futebol profissional, é fazer 11, 12 pontos. Não podemos nos enganar, dizer que entramos para fazer a semifinal, de maneira alguma. Temos que ter os pés no chão, e passamos isso aos atletas. Deixar a equipe onde pegamos. E com nosso trabalho, que tem sido bom por onde passamos, graças a Deus, vamos incomodar. Viemos para fazer uma boa competição.”
O time da estreia
No Poço Rico, o mistério também existiu, mesmo com as atividades abertas aos jornalistas. No entanto, durante coletivo da última quarta-feira (16) no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, Felipe Surian testou o onze titular com trio de volantes juiz-foranos. A formação, contudo, pode ter ainda um meia na vaga do meio-campista marcador, Marcel. O provável Baeta é integrado por Renan Rinaldi; Paulinho, Adriano, Halisson e Lucas Hipólito; Marcel (Igor Soares), Leandro Salino e Léo Salino; Geovani, Matheus Pimenta e Eraldo.
Tópicos: campeonato mineiro / tupynambás