Tupynambás perde por goleada em Poços de Caldas e se complica

Livre em definitivo do fantasma do rebaixamento, o Tupynambás, sob comando do novo técnico, Paulo Campos, entrou em campo no Estádio Ronaldo Junqueira, em Poços de Caldas, disposto a garantir uma vaga entre os oito da segunda fase do Campeonato Mineiro. O resultado, porém, foi o pior possível para os planos da equipe de Juiz de Fora, goleada na manhã deste domingo (17) pela Caldense, que construiu o placar de 3 a 0 no segundo tempo com gols de Romário (2) e Carlinhos. Enquanto o Baeta caiu para a sétima colocação, mantendo os 11 pontos, os donos da casa chegaram aos 13, subiram para a quinta colocação na tabela e já se garantiram na próxima fase. O Tupynambás, agora, ainda depende de seus próprios esforços, mas corre sério risco de eliminação em caso de nova derrota na última rodada da fase inicial. O sonho de disputar o Campeonato Brasileiro da série D também ficou mais distante.

Assim que o árbitro deu o apito inicial, as duas equipes buscaram se impor na partida, pois os três pontos garantiriam a classificação antecipada para o vencedor, sendo que o empate pelo menos já traria à Caldense a permanência na elite mineira em 2020. Por conta disso, os primeiros minutos foram de emoção, com os anfitriões pressionando mais, porém as melhores chances foram dos juiz-foranos.

A primeira ameaça real do Tupynambás foi aos oito minutos, numa cabeçada de Felipe Gregory após cobrança de escanteio. Logo depois, aos dez, Núbio Flávio comandou o contra-ataque e serviu Geovane, que mandou a bola na trave de Omar. No rebote, Ademilson mandou a bola para fora. Depois, aos 11 minutos, Lorran arriscou para a Caldense, mas Renan Rinaldi fez a defesa.

O Leão do Poço Rico ameaçou novamente aos 18 minutos. Ademilson preparou para Paulinho avançar e cruzar para Igor Soares que, em excelente posição, mandou a bola por cima do travessão. A partir de então, a disposição manteve-se dos dois lados, porém a partida caiu em qualidade técnica, com as equipes errando na mesma proporção em que tentavam ameaçar, ou com as defesas conseguindo barrar as melhores investidas.

A Veterana de Poços de Caldas conseguiu criar duas chances aos 33 e 41 minutos, com Romário e Lorran, respectivamente, mas o chute e a cabeçada sequer acertaram o alvo. O equilíbrio e as chances desperdiçadas fizeram do empate o placar mais justo quando os 22 em campo foram para os vestiários.

Pressão na etapa complementar

A Caldense começou o segundo tempo pressionando o Tupynambás, partindo para o tudo ou nada, e com a torcida empurrando os jogadores. A pressão, porém, abriu espaços, e aos quatro minutos foi o Baeta que teve a chance de tirar o zero do placar, num contra-ataque com Núbio Flávio. Mas o atacante isolou a bola na hora do chute. Depois, aos cinco minutos, uma trama no ataque terminou com Ademilson disparando próximo à trave de do goleiro Omar.

Pois foi justamente quando o Baeta parecia ter equilibrado as ações que a Caldense marcou o primeiro gol da partida, aos dez minutos. Judson avançou pela esquerda e entregou para Romário, que chutou com força, rasteiro, e superou o goleiro Renan Rinaldi. Em desvantagem, o técnico Paulo Campos decidiu fazer a primeira mudança, trocando Igor Soares por Heraldo, que mostrou serviço logo aos 15 minutos, subindo sozinho numa cobrança de escanteio mas mandando para fora.

Depois de substituir o lateral direito Paulinho, que sentiu contusão, pelo volante Gustavo, perdendo assim poder ofensivo, o Tupynambás foi castigado com o segundo gol aos 26 minutos. Em uma falha na marcação dos visitantes, Júlio cruzou da linha de fundo e Carlinhos teve tranquilidade para deixar sua marca – e levar os torcedores da Caldense à loucura.

Pressão após segundo gol

O segundo gol dos donos da casa desnorteou o Baeta, que se perdeu na partida e virou presa fácil para a Caldense. O time de Poços de Caldas aproveitou para transformar o placar em goleada aos 32 minutos, num golaço de Romário. Após boa troca de passes, o meia fez tabela com Salatiel e emendou sem chances para Renan Rinaldi, marcando ainda seu segundo gol na partida. Nocauteado no gramado, o Baeta não encontrou forças para sequer diminuir o preocupante saldo negativo de gols (-7), enquanto a Caldense só esperou o tempo passar para comemorar a vitória que praticamente selou a classificação da equipe.

Galo é o próximo adversário

O Tupynambás volta a campo na próxima quarta-feira (20), às 21h30, para enfrentar o Atlético Mineiro no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. A vitória garante o Baeta na fase de mata-mata e mantém as esperanças de qualificação para a Série D em 2020. Porém, em caso de derrota, o Leão do Poço Rico precisa torcer contra o Villa Nova (também 11 pontos), Tombense (10 pontos) e Guarani (nove), pois caso dois desses três times cheguem pelo menos a 12 pontos eles ultrapassariam o Tupynambás na tábua de classificação, encerrando a participação do Baeta no estadual de forma precoce.

Caso consiga um empate diante do Galo de Belo Horizonte, será preciso apenas que Villa Nova (que encara o Boa Esporte) ou Tombense (na disputa contra a Patrocinense) vença seu compromisso.