Croata que mora com juiz-forano diz estar “na lua” com classificação para a final
Juiz-forano Victor Denezine, que está em Dublin, na Irlanda, para estudar inglês, divide apartamento com o croata Neven Sarovic, um apaixonado por futebol
Quando o juiz-forano Victor Denezine, 26 anos, foi para Dublin, capital da Irlanda, para estudar inglês, há pouco mais de um ano, nunca imaginaria que o Brasil seria eliminado pela Bélgica nas oitavas da Copa muito menos que a Croácia estaria na final do Mundial. Se sair da sua cidade e morar em outra, junto com sua família, já é diferente. Agora, sair de seu país, para morar em uma casa com um estrangeiro, é mais diferente ainda. Em Dublin, Victor divide a casa com o croata Neven Sarovic, 31, um apaixonado por futebol. Para o juiz-forano, conviver com o amigo durante o período do Mundial na Rússia está sendo gratificante: “é bem legal de acompanhar, porque eles (croatas) nunca chegaram à uma final de Copa do Mundo, então está sendo incrível a sensação deles. O Neven reúne os amigos para acompanhar os jogos, sempre com muita bebida, e com as vitórias da Croácia, a festa só acabava de madrugada”.
Como não é todo dia que o seu país chega a uma final de Copa do Mundo, Neven Sarovic, não esconde a emoção: “Estou na lua! É a melhor coisa que poderia ter acontecido. Nosso melhor resultado tinha sido o terceiro lugar em 1998. Então, isso é um grande acontecimento”.
Apesar de estar longe de casa, assim como Victor, Neven revela que gostaria de estar em seu país natal para acompanhar a final. Segundo ele, é
estranho não estar em casa. “Gostaria muito de estar lá (Croácia), mas o que importa é que estamos na final. Como há muitos croatas aqui (Dublin), faremos churrasco na casa de um amigo para vermos o jogo, então, vou me sentir em casa”.
Torcida de longe
A Irlanda é um país conhecido por ter diversos pubs, que são os tradicionais bares irlandeses, com cervejas para diversos gostos, mas é também conhecida por ter um enorme número de brasileiros vivendo lá, principalmente na capital Dublin. Para Victor, inicialmente, o clima de acompanhar uma Copa do Mundo longe de seu país seria diferente, mas ele acabou se surpreendendo. “Como a comunidade brasileira aqui é muito grande, foi fácil achar lugares que passassem as partidas da seleção, e nós estávamos nos sentindo no Brasil. Cantamos o hino nacional, cantamos as músicas que foram criadas pela torcida na Rússia, e após as partidas, fizemos churrasco. E, claro, sempre muita festa quando o Brasil ganhava”.
Ele comenta que costuma frequentar um pub muito popular entre a comunidade brasileira em Dublin porque o local transmite os jogos do campeonato brasileiro. “Toda quarta-feira o local tem uma noite brasileira, com futebol, forró, samba e DJ com música do Brasil, então é bem animado”, relata o juiz-forano.