Após encerrar sua participação no Campeonato Mineiro de 2015 com a derrota de virada, por 2 a 1, em casa para a URT, o Tupi agora entra em período de recesso e reavaliações. O elenco foi liberado até a próxima segunda-feira, dia 13 de abril, quando se reapresenta. Nesse mesmo dia deve começar a reformulação do grupo visando a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, no qual o Carijó tem estreia prevista para o dia 16 de maio, contra o Tombense, fora de seus domínios. No caminho, o Alvinegro de Santa Terezinha ainda tem a disputa da segunda fase da Copa do Brasil, na qual enfrenta Remo ou Atlético-PR, definição que acontece no dia 16 deste mês, em Curitiba – no jogo de ida, as equipes empataram em 1 a 1 em Belém.

A diretoria do Tupi se reúne amanhã para fazer uma avaliação da disputa do Campeonato Mineiro deste ano e terminar de projetar a Série C, cujo período de preparação se inicia a partir da próxima segunda. De acordo com o vice-presidente do Conselho Gestor, Cloves Santos, os próximos dias serão de atletas indo e vindo em Santa Terezinha. “É um processo normal. A reformulação já seria necessária para a Série C, e como a campanha do Mineiro não foi satisfatória, ela será um pouco mais profunda. Após a apresentação do elenco, devem se seguir dias de chegadas e partidas. Só poderemos dispensar jogadores na medida em que recompusermos as posições. Não podemos esquecer que estamos em competição na Copa do Brasil”, disse o dirigente.

Na avaliação de Santos, a campanha no Estadual gerou decepção a todos, e a equipe não se consolidou como esperado, por isso não fez uma competição como a direção do Tupi esperava. “Planejamos o Mineiro para fazer como sempre fizemos nos últimos anos, disputando uma vaga nas semifinais. Infelizmente, o time não encaixou e fez uma campanha frustrante. Tivemos três resultados ruins em casa, o que não é normal, e não conseguimos conquistar pontos fora. Nem mesmo se conseguiu ajustar o time para conquistar pelo menos um ponto, segurando empates. Essa oscilação ficou clara no último jogo contra a URT, quando fizemos um bom primeiro tempo e um segundo abaixo da crítica”, analisa o dirigente, mostrando também insatisfação com o ambiente criado no clube resultante da fraca campanha. “Com os resultados ruins e o time sem dar liga, a pressão veio naturalmente. Trabalhar nesse ambiente não é bom nunca. Alguns atletas não souberam lidar com isso, com a imprensa, e tudo acabou contribuindo para o aumento da tensão. Mas de forma nenhuma coloco a responsabilidade em algo externo, imprensa, críticos, o que for. Tiro o Felipe (Surian, ex-técnico do clube) e o Leston (Júnior, atual treinador), e a responsabilidade é dos jogadores”, define.

Futuro

Mesmo com a decepção com relação ao desempenho do time no Mineiro, Santos acredita que existe qualidade no atual elenco e projeta como deve ser o novo perfil do time para a Série C. “Esse grupo é individualmente bom. Coletivamente não deu liga. Muitos sairão do Tupi e darão certo em outros clubes. Acredito que não faltou vontade, apenas encaixe mesmo. No Mineiro, apostamos em jogadores mais experientes e que conhecem o campeonato. Agora, para a Série C, uma competição nacional, o perfil tem que mudar, a tendência é o grupo ser mais jovem, com estatura mais alta, por exemplo. A reformulação ficará a cargo do Leston que comandará todo o processo”, explica.