Talento artístico: Garoto juiz-forano transforma papelão em dinossauros de brinquedo

Inspirado pela mãe artesã, Benício, de 13 anos, produz peças detalhadas com papel, tinta e muita criatividade


Por Maria Luiza Guimarães*

26/10/2025 às 07h00

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Feitos com papelão e tinta, dinossauros têm patas e mandíbulas articuladas (Foto: Leonardo Costa)

Papel, tinta e cola dão vida à imaginação de Benício Gonçalves Damasceno, juiz-forano de 13 anos que transforma materiais que parecem simples em dinossauros de brinquedo cheios de detalhes. O garoto começou o novo hobby em janeiro e, desde então, tem conquistado a vizinhança do Bom Jardim, bairro da Zona Leste de Juiz de Fora onde nasceu. Nesse processo criativo, ele conta com o incentivo da mãe, Eliane Damasceno, e o apoio de colegas e professores que acreditam no seu talento.

Desde pequeno, Benício sempre gostou das atividades manuais, desenhar e pintar estavam entre as suas brincadeiras favoritas. No começo de 2025, ele assistiu a vídeos na internet de outros jovens criando animais de papelão e se interessou pela ideia. Apaixonado pelos filmes “Jurassic Park”, “Jurassic World” e pelo mundo dos dinossauros, decidiu juntar o amor pela arte e pela paleontologia para criar suas próprias versões, inspirado no que via na internet.

O processo começa com Benício desenhando o perfil do dinossauro nas folhas de papelão. Para que o brinquedo fique tridimensional, ele repete o recorte várias vezes e vai colando as partes até o animal ganhar forma. As patas são feitas separadamente e unidas depois, em um trabalho cuidadoso. Na etapa final, o garoto pinta, reproduzindo as cores e texturas dos dinossauros que vê nos filmes. Cada criação pode levar mais de uma semana para ficar pronta, mas o resultado compensa, os brinquedos têm patas e mandíbulas articuladas e dão um novo destino ao papelão que iria para o lixo.

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Nas redes sociais, Benício compartilha todo esse processo criativo, mostra como corta o papelão, monta as peças e finaliza com a pintura, que dá o toque especial às suas criações. Uma das lembranças mais marcantes, segundo ele, foi durante um sábado letivo na Escola Municipal Vereador Raymundo Hargreaves, no Bairro Bom Jardim, onde estuda. Na ocasião, a diretora o convidou para expor os dinossauros em uma feira da escola. “Tinha medo de o pessoal achar bobo e eu ficar com vergonha, mas fiquei emocionado com o apoio”, relembra.

Arte de mãe para filho

A veia artística de Benício vem de casa, a mãe Eliane, também é artista e trabalha com biscuit. Foi dela que o menino herdou o gosto pelo artesanato. Orgulhoso do trabalho da mãe, ele conta que se inspira nela e aproveita muitos dos materiais que já tem em casa para criar suas peças. As tintas usadas por Eliane servem para dar cor aos dinossauros de Benício, o que, segundo ele, foi um incentivo a mais quando começou a produzir.

No futuro, Benício sonha em se tornar veterinário. Ele conta que ama os animais, gosta de pesquisar curiosidades sobre diferentes espécies e até ajuda os colegas nas aulas de ciências. Essa afinidade o faz querer seguir a carreira na medicina veterinária, mas sem deixar de lado o talento artístico. Assim como a mãe, pretende continuar criando e, mais adiante, vender seus dinossauros. “Quem sabe no futuro eu não viro um veterinário artista?”, brinca.

*Estagiária sob supervisão da editora Gracielle Nocelli

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