Festival Cores do Engenho colore Ibitipoca com música, gastronomia e sustentabilidade
Atividades culturais incluem programação musical com Toquinho, Toni Garrido e Mar.iana

O Festival Cores do Engenho acontece neste sábado (23), a partir das 13h, na Fazenda do Engenho, em Ibitipoca, com a proposta de reunir gastronomia, música, arte, esporte e consciência ambiental. Em meio a montanhas, rios e cachoeiras, o público poderá participar de oficinas, feira de artesanato, atividades esportivas e conferir apresentações que vão do cenário local a nomes consagrados da música brasileira.
“Queremos que o público leve memórias, e não apenas fotos. A ideia é viver intensamente cada detalhe em meio à natureza”, destaca o head de marketing do grupo Privilège, Rapha Paradella.
O festival nasce em diálogo direto com a natureza, conforme destaca a organização, e está inserido no Ibiti Projeto, área voltada à preservação ambiental e a práticas regenerativas. Seguindo essa proposta, cada participante receberá um copo reutilizável que será usado ao longo do evento, reduzindo o consumo de plástico.
Vivências para todos os públicos

A valorização da cultura mineira também integra a proposta do Festival Cores do Engenho. Uma feira de artesanato reúne artistas, coletivos e artesãos locais de diferentes técnicas e estilos, fortalecendo a economia criativa da região.

As oficinas oferecem experiências práticas que vão da tradição ao bem-estar. O público poderá participar de atividades como Meliponicultura (estudo de abelhas nativas sem ferrão), bordado mineiro com o coletivo Linhas de Minas e a produção de desodorante natural, promovida pela Yogano Cosméticos Veganos.
As crianças também são protagonistas. O festival conta com um espaço kids com oficinas criativas, brincadeiras e atividades em família.
Para quem busca movimento e aventura, o festival também oferece passeios de bicicleta, tirolesa e slackline.
Cada edição, uma nova descoberta

Mesmo não sendo a primeira edição, a organização garante que o festival chega renovado. “Em cada canto do festival há uma descoberta, seja na música, na arte ou na gastronomia”, ressalta Rapha Paradella.
Entre as novidades, está a inauguração da nova pista de bike da Sense Bikes, direcionada a iniciantes e ciclistas experientes. Outro destaque é o projeto Ibiti Family Experience, com atividades esportivas e lúdicas.
Notas que dão cor à experiência

A programação musical reúne Toquinho, Camilla Faustino, Toni Garrido, Reggae Feelings com Dada Yute e Rafael Cardoso, além de ETC, Bora Jam, Mar.iana, Alessandra Crispim, Gegê Só Parent, Nayara Borges e DJ Marquinhos SP.
Entre os destaques está a cantora Mar.iana, que apresenta ao público seu segundo álbum, “Oceano”. Cercada pelas montanhas de Ibitipoca, ela contou como a natureza influencia diretamente sua música: “Eu amo o mar, é meu lugar favorito. Mas também gosto muito de estar no meio da natureza. Cresci cercada pelo mato com a minha família, e isso me traz uma sensação de calma. O mar está sempre em movimento, sempre mudando, já a montanha transmite serenidade. Confesso que me sinto mais tranquila quando estou no meio do mato, e isso faz diferença até na forma de cantar. Fico mais centrada.”

Ao comparar a intensidade do mar e das cachoeiras com sua própria música, Mar.iana destaca canções que refletem essas forças opostas: “Acho que a intensidade está em ‘Que eu te encontra’, uma música de fé, que te levanta. Já a calmaria está em ‘Me Bbsta’, que me acalma e traz leveza, como se eu estivesse boiando no oceano ou me banhando na energia de uma cachoeira.”
Sobre o novo trabalho, a artista reforça que o oceano é também metáfora de autoconhecimento: “Do mar, entendi que sou oceano. Transbordei e virei oceano. Esse álbum me levou ao fundo da alma, não só ao beira-mar. É também aquele lugar onde, às vezes, a gente não quer olhar, mas acaba se descobrindo. Foi ali que me encontrei e escrevi esse álbum.”
E completa: “Cada faixa do ‘Oceano’ é como uma onda. Algumas quebram suaves, outras vêm como ressaca, mas acredito que o público vai sentir primeiro uma maré que arrasta para dentro de si. Esse trabalho mostra uma Mariana mais centrada, mais madura e com os pés no chão. Quem se identificar talvez esteja vivendo um momento parecido com o meu.”