Hospital João Penido inicia obras no setor neonatal em novembro
Com investimento de R$ 1,7 milhão, modernização integra a Rede Alyne, novo programa do SUS que amplia o cuidado materno e neonatal

O Hospital Regional João Penido (HRJP) inicia, em novembro, obra de modernização em sua unidade neonatal. A intervenção faz parte da adequação às diretrizes da Rede Alyne, programa do SUS que substitui e amplia a antiga Rede Cegonha, com foco no cuidado integral à mulher e ao recém-nascido e na redução da mortalidade materna e infantil.
Com investimento superior a R$ 1,7 milhão e previsão de conclusão para março de 2026, a obra prevê a criação de oito leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) – destinados a bebês em recuperação clínica e quatro leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (UCINCa), voltados ao fortalecimento do vínculo entre mães e filhos. Essas novas estruturas vão se somar aos leitos já existentes da UTI Neonatal (UTIN).
O projeto também inclui a aquisição de equipamentos modernos, como incubadoras, berços aquecidos, ventiladores e monitores multiparamétricos. Estão previstas ainda adequações elétricas e hidráulicas, instalação de sistemas de climatização, iluminação e controle de infecção, além de melhorias nas áreas de descanso das equipes médica e de enfermagem.
Hospital garante continuidade do atendimento neonatal
Durante a execução das obras, o HRJP garantirá a continuidade do atendimento neonatal. A UTI Neonatal 1, com dez leitos, continuará funcionando normalmente. Já a UTI Neonatal 2 passará pelas intervenções e será adaptada para receber as novas unidades UCINCo e UCINCa. Nesse período, a UTI Pediátrica, que também possui dez leitos, funcionará de forma reversível, podendo atender tanto pacientes pediátricos quanto neonatais, conforme a demanda.
De acordo com o hospital, a flexibilização temporária permitirá que as obras avancem sem prejuízo à assistência, já que a UTI Pediátrica costuma ter ocupação inferior a 50%.
O diretor do HRJP, Adelton Andrade, explica que o cronograma foi definido estrategicamente para ocorrer fora do período de maior incidência de doenças respiratórias infantis, o que reduz impactos no atendimento.
“A antiga Rede Cegonha foi transformada na Rede Alyne, que traz uma nova configuração para os leitos materno-infantis. Estamos fazendo um investimento expressivo – uma aposta do Governo de Minas, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) – de mais de R$ 1,7 milhão aqui no João Penido. Essa linha materno-infantil representa um cuidado mais robusto e humanizado para mães e bebês”, afirmou o diretor.
Rede Alyne reforça política de cuidado materno-infantil
A Rede Alyne tem a meta de reduzir em 25% a mortalidade materna no país. O programa aposta em uma política ampliada de saúde materno-infantil, com investimento previsto de R$ 400 milhões em 2024 e R$ 1 bilhão em 2025.
Entre as metas prioritárias, está a redução em 50% da mortalidade materna de mulheres negras até 2027. Para isso, o Ministério da Saúde implementou custos mensais para ambulâncias especializadas no transporte de gestantes e recém-nascidos graves, garantindo atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, com equipes dedicadas no Complexo Regulatório do SUS.
O programa também prevê R$ 41,9 milhões anuais para ampliar a oferta de leite materno nas unidades neonatais, além de repasses adicionais para bancos de leite que alcançarem autossuficiência e atenderem à demanda regional.
Outras inovações incluem a expansão dos exames de pré-natal, com triplicação dos repasses a estados e municípios, e a adoção de um modelo de financiamento por nascido vivo, considerando o local de residência da mãe e o município do atendimento. Também haverá aumento de 240% no repasse destinado às Unidades de Cuidado Neonatal Canguru (UCINCa), fortalecendo o cuidado humanizado e o vínculo familiar.









