Terceira tentativa de leilão do Expominas Juiz de Fora não recebe propostas
Centro de convenções avaliado em R$ 38 milhões segue sem interessados na iniciativa privada

A terceira tentativa de leiloar o Expominas Juiz de Fora à iniciativa privada terminou sem propostas. O resultado foi homologado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), proprietária do imóvel, na quarta-feira (28). Também foram publicadas as atas referentes a lotes desertos e fracassados, confirmando a ausência de interessados.
O edital estabelecia o valor inicial de R$ 38 milhões para o centro de convenções, localizado no km 788 da BR-040, e fixava o prazo para recebimento das propostas até 28 de outubro. O critério da licitação era o de maior preço ofertado. O documento descrevia o imóvel como bem conservado e estrategicamente localizado, devendo ser vendido no estado em que se encontrava e mantido exclusivamente como Centro de Convenções.
Esta foi a terceira tentativa da Codemge de repassar o imóvel à iniciativa privada. As duas anteriores ocorreram em 2017 e 2021, quando o valor pedido foi de R$ 61 milhões. Na época, representantes de entidades do comércio e do empresariado de Juiz de Fora apontaram dificuldades de acesso e entraves burocráticos na locação do espaço.
Segundo informações divulgadas pela Codemge em 2022, os custos mensais com manutenção, pessoal e energia elétrica do Expominas somavam R$ 113.737, enquanto a receita mensal era de cerca de R$ 55.900. A diferença gerava um prejuízo anual estimado em pouco mais de R$ 694 mil aos cofres públicos.
Inaugurado em 2006, o Expominas Juiz de Fora segue destinado à realização de eventos, feiras e congressos. O espaço tem capacidade para 13 mil pessoas, dois pavimentos, teatro com 1.525 assentos, seis salas multiuso, hall nobre, estacionamento para 1.100 veículos, subestação elétrica de 2.500 KVA, gerador de 500 KVA e sistema de ar-condicionado central.
A Tribuna entrou em contato com a Codemge para saber se há previsão de uma nova tentativa de leilão ou alteração no valor de venda, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
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