Novo boletim da dengue é divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde
Juiz de Fora chega a 4.491 casos prováveis; secretário municipal de saúde destacou importância de conscientização contínua
Um novo boletim epidemiológico da dengue foi divulgado nesta terça-feira (30), pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), indicando que o aumento no número de casos prováveis para a doença, em Juiz de Fora, ocorre em escala menor ao que era observado anteriormente. São 219 novos casos suspeitos, em um total de 4.491 em 2019, resultado que coloca o município como a 11ª cidade no ranking do estado, sendo a com mais registros no Sudeste mineiro.
Com o aumento no total de casos, a cidade chegou à incidência de 795,84 suspeitas para cada 100 mil habitantes. Houve dois novos óbitos confirmados para a doença transmitida pelo Aedes aegypti, chegando ao registro de 12 mortes e havendo ainda outras duas sob investigação.
No Estado, a quantidade total de registros chegou a 460.721 casos prováveis de dengue, com 117 óbitos confirmados. O boletim também traz os dados da Febre Chikungunya e da Zika, com 2.665 e 958 suspeitas, respectivamente, em Minas Gerais.
‘As pessoas ainda não entenderam a necessidade de cuidar’
Em entrevista à Rádio CBN nesta segunda-feira (29), o secretário de saúde municipal, Márcio Itaborahy, comentou sobre a alta incidência de dengue observada em Juiz de Fora neste ano. Apesar de estar em um período de declínio na progressão dos índices de proliferação, chamou a atenção, neste ano, o número de casos registrados pela SES/MG. A fim de comparação, em 2018, no mesmo período, era 107 o total de casos de dengue na cidade e, em 2017, 65 suspeitas.
Para Itaborahy, o principal fator a se destacar é a falta de conscientização contínua da população no combate ao mosquito Aedes aegypti. “Apesar das campanhas e das coletas de entulhos, as pessoas ainda não entenderam a necessidade daqueles dez minutos semanais para cuidar, e isso é o mais importante. Quando você vai visitar as casas, mais de 90% dos focos estão em casa. Às vezes, em um ano a gente consegue, mas depois as pessoas relaxam e é assim com quase todas as doenças que tem essa participação popular”, aponta o secretário.