‘Breque dos apps’: motoentregadores de Juiz de Fora aderem ao movimento nacional e paralisam as atividades

Cerca de 200 cidades do país devem participar da mobilização


Por Tribuna

31/03/2025 às 12h36- Atualizada 01/04/2025 às 16h51

Parte dos motoentregadores de Juiz de Fora aderiu ao movimento nacional conhecido como “Breque dos apps” e paralisou as atividades na manhã desta segunda-feira (31). A categoria reivindica reajustes nos valores das taxas de entrega e limites às distâncias para o delivery feito com bicicletas.

A expectativa é de que mais de 200 cidades participem da mobilização. No município, mais de 60 trabalhadores saíram do Bairro Cruzeiro do Sul e se concentraram na Praça da Estação para o ato.

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Movimento ocorreu no final da manhã desta segunda-feira (Foto: Leonardo Costa)

A previsão é de que o serviço de entrega por motocicletas e bicicletas seja impactado até esta terça-feira (1°).

O objetivo principal é obter melhorias nos pagamentos. “Nós aderimos à paralisação para reivindicar reajuste no valor do km e a limitação dos quilômetros de rota para bicicletas, porque hoje eles entregam em um trajeto de quase seis quilômetros e, para ‘o bike’ fazer esse pedal por R$ 6,50 é muito pesado. Nós queremos limitar em três quilômetros. Além do pagamento de taxa integral por entrega. Essa é a nossa pauta. Estamos aderindo à movimentação nacional, porque o que bate lá, bate aqui também”, diz Nicolas Souza, entregador, secretário da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora (Ammejuf) e membro da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos, a Anea, uma das organizações que articula a greve.

Os motoentregadores começaram as paralisações em 2020. Dois anos depois de manifestações, o iFood, empresa responsável por cerca de 80% do mercado de delivery no Brasil, ajustou as taxas por entrega. Porém, depois disso, esses valores não foram mais corrigidos.

No ano seguinte, o breque teve como pauta a resistência à proposta de regulamentação da atividade apresentada pelas empresas no grupo de trabalho montado pelo Ministério do Trabalho para discutir o tema. Não houve acordo para os motofretistas, enquanto motoristas por apps aceitaram a proposta.

Em nota enviada à Tribuna nesta terça-feira (1°), a Robin Food informou que a empresa está em conversa com os líderes da paralisação e acompanhando o movimento. “Mas por enquanto não temos nenhum posicionamento”.

Os demais aplicativos não responderam.

Matéria atualizada em 1º de abril de 2025, às 16h51.

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