Estiagem em Juiz de Fora chega ao fim após 38 dias
Previsão é de acumulados significativos até a próxima quinta-feira, com chuvas a qualquer hora do dia
Foi com chuva fraca – acumulado de dois milímetros – que Juiz de Fora encerrou um ciclo de 38 dias ininterruptos sem qualquer precipitação. Na noite de quinta-feira (28), choveu em alguns pontos da cidade, após o céu claro da tarde ser tomado por nuvens escuras, trovoadas e rajadas de ventos de intensidade moderada, de aproximadamente 25 quilômetros por hora, conforme a Estação Automática, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalada no campus da UFJF. Apesar de a estiagem prolongada ter chegado ao fim, a cidade não registra volume de chuvas significativo, superior a dez milímetros em um intervalo de 24 horas, desde 14 de junho, ou seja, 106 dias completados nesta sexta-feira (29).
A formação de áreas de instabilidade em grande parte da região Sudeste do país deve deixar toda a região chuvosa já neste fim de semana. De acordo com o Inmet, existe, inclusive, a possibilidade de pancadas fortes, com mais de dez milímetros em poucas horas, entre este sábado (30) e a próxima quinta-feira (5 de outubro). Até lá, a soma das precipitações pode chegar a 45 milímetros. A fim de comparação, entre junho e o fim da tarde desta sexta (29), o acumulado na cidade não superou 35 milímetros.
Conforme o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), o fim de semana deverá ser de céu entre o nublado e o parcialmente nublado. No sábado, os termômetros tendem a oscilar de 15 a 26 graus. Já no domingo, a temperatura mínima esperada é de 18, com máxima de 29 graus.
Período seco
Com o fim de setembro, se encerra o período de estiagem em Juiz de Fora, historicamente observado entre os meses de abril e setembro. Neste intervalo, o município recebeu 210 milímetros de chuvas, sendo que a previsão era de 306 milímetros. Se considerar janeiro a setembro, o acumulado é de 543 milímetros, o que representa apenas 32% de todas as chuvas previstas durante o ano.
Antes do início da primavera, o Cptec informou projeções climáticas para o próximo semestre. Sobre a região Sudeste, informou que os dados são inconclusivos, com “baixa previsibilidade climática”. Até o momento, 2017 é mais seco que o mesmo período nos anos de 2014 e 2015, no auge da crise hídrica.