Mulher é agredida e mantida em cárcere privado
Crime teria acontecido no fim de semana; vítima foi alvo de socos e ainda tentou ser enforcada pelo companheiro, lutador de artes marciais
A Polícia Civil instaurou inquérito, nesta terça-feira (27), para investigar o caso de uma jovem de 20 anos, agredida e mantida em cárcere privado pelo próprio namorado, 31, que seria lutador de artes marciais. Ele ainda teria destruído o celular da vítima. O próximo passo da investigação, segundo a assessoria da Polícia Civil, é ouvir os envolvidos e as testemunhas. A jovem solicitou medidas protetivas contra o suspeito.
O caso aconteceu no último fim de semana e foi registrado pela Polícia Militar na manhã de domingo (25). A mulher compareceu a um posto policial e relatou que, por volta das 19h, ao chegar em casa, no Bairro Granjas Bethânia, Zona Nordeste, foi questionada pelo companheiro sobre o horário em que havia retornado para a residência. Inconformado, ele começou a agredir a vítima com socos por todo o corpo e ainda tentou enforcá-la várias vezes durante a noite para que ela permanecesse calada. Ela teria ficado trancada em um quarto da casa até de manhã, quando um conhecido chegou ao local e presenciou os fatos. Logo após, o agressor teria libertado a vítima. Ao liberá-la, o suspeito ainda teria ligado para familiares, para que eles a buscassem. A vítima foi orientada pela PM a procurar atendimento médico devido, pois queixava-se de dores no corpo. Ela foi submetida a exame de corpo de delito, que será anexado ao inquérito.
No dia do ocorrido, policiais militares chegaram a fazer rastreamento, mas o suspeito não foi localizado.
Diante da violência, um parente da vítima fez um desabafo em uma página do Facebook no dia seguinte ao caso: “Esse cara era meu cunhado até ontem, quando ele espancou minha irmã dentro da casa dele, quebrou o celular dela todo e a manteve em cárcere privado das 19h até as 7h30, ameaçando ela e a minha família, dizendo que, se ela saísse de lá sem ele deixar, ele voltaria e se vingaria de um por um na minha casa. Às 7h35, ele ligou e pediu para buscá-la pois eles haviam “caído na porrada”, e logo após fugiu. Nós nunca sabemos quem está dentro da nossa casa.”
Após ser concluído, o caso será remetido à Justiça.