Professores estaduais paralisam as atividades na quarta-feira
Quinta paralisação em cinco meses terá ainda indicativo de greve
Os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais irão paralisar as atividades pela quinta vez neste ano, na próxima quarta-feira (29), com indicativo de greve – quando a categoria discute a possibilidade de iniciar um movimento grevista. Também haverá uma assembleia em Belo Horizonte com votação para definir os rumos da mobilização.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) afirmou que é difícil prever um número de trabalhadores que vão parar e ressaltou que a greve poderá ser deflagrada ou não. Também há a possibilidade de uma manifestação pelas ruas da capital, após a assembleia, que será decidida lá mesmo.
De acordo com o Sind-UTE, as movimentações acontecerão devido ao “não avanço das negociações com o governo”. As atividades já estavam previstas desde o dia 12 de abril.
Na pauta divulgada pelo sindicato, está a Campanha Salarial Educacional 2024 e a avaliação e definição de novas ações.
Na última paralisação, do dia 8 deste mês, os servidores reivindicavam o pagamento do piso salarial, de R$ 4.580,57, e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), além de se manifestarem contrariamente ao aumento das contribuições do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Na ocasião, o Governo estadual se posicionou, por nota, dizendo que “mantém o diálogo aberto com todas as categorias, buscando reconhecer as demandas dos servidores e valorizar o importante trabalho prestado por eles ao Estado e à população mineira”. O texto citava o Projeto de Lei (PL) prevendo reajuste geral de 3,62% nos salários de todo o funcionalismo público de Minas Gerais, encaminhado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com pagamento retroativo a janeiro de 2024. A respeito do Ipsemg, segundo o Estado, a proposta encaminhada à ALMG “tem como objetivo garantir a prestação do serviço de saúde para os beneficiários, incluindo a população mais idosa, e retomar as políticas de investimento”.
As outras três paralisações deste ano aconteceram nos dias 22 de fevereiro, 13 e 14 de março, e 11 de abril.