Estudante mobiliza JF para produzir máscaras em impressoras 3D
Com a colaboração de empresas e profissionais, Allan Landau quer aumentar a produção do modelo de máscara individual no estilo faceshield para doar a hospitais
O período de isolamento social não tem impedido os juiz-foranos de criarem iniciativas que possam contribuir para o bem-estar dos profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e motoristas, que estão na linha de frente do combate contra o novo coronavírus em hospitais, unidades básicas e serviços de transporte de pacientes. Campanhas em vigência na cidade estão arrecadando materiais para a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs), bem como roupas e máscaras, além de mão de obra voluntária que possa atuar na produção desses itens. Uma das iniciativas é a do estudante Allan Landau, que está produzindo um modelo de máscara individual no estilo faceshield, em sua casa, utilizando sua impressora 3D.
“A ideia inicial era produzir respiradores pela impressora 3D, mas devido às exigências em detalhes e precisão feitas pela medicina, decidi buscar outros meios para contribuir. Foi então que descobri, pela internet, este modelo de máscara estilo faceshield que estava sendo produzido no Rio de Janeiro em impressoras 3D. Como eu tenho esse equipamento em casa, entrei em contato com esse desenvolvedor para fazer algo semelhante em Juiz de Fora, até porque temos que pensar que muitas pessoa a nossa volta, como nós mesmos, podemos ser infectados”, explica Allan.
Nessa mobilização, Allan conseguiu reunir outras pessoas interessadas em fabricar as máscaras de forma voluntária. Nesse grupo, batizado como SOS 3D JF, estão presentes outros estudantes, além de profissionais, empresas e startups que prestam serviços em impressão 3D. O propósito é produzir a maior quantidade de máscaras possível para entregar nos hospitais e suprir a demanda dos agentes de saúde na cidade.
Neste primeiro momento, o grupo tem trabalhado em dois modelos de máscaras bem simples, feitos com os seguintes materiais: filamento, acetato e elástico de dinheiro. O filamento compõe a estrutura da máscara, uma espécie de tiara, que é colocada na cabeça da pessoa e fixada com o elástico na parte traseira. Essa tiara também prende a frente da máscara, feita em acetato transparente (plástico mais resistente), que funciona como uma barreira física que protege o rosto do profissional de saúde.
“Já temos, pelo menos, 30 unidades prontas aguardando o acetato e o elástico para serem finalizadas. Com a definição do modelo mais simples, vamos conseguir produzir duas máscaras a cada uma hora e meia. Estamos negociando parcerias para acelerar este processo. Se tudo der certo, em uma semana teremos de 10 a 11 mil máscaras prontas”, comenta.
A demanda mais latente, neste momento, são as folhas de acetato e o elástico, mas toda ajuda é bem-vinda. O Instituto Vianna Júnior, onde Allan estuda, já disponibilizou parte do material necessário e se colocou como ponto de coleta das doações de material. As atualizações sobre a campanha, bem como tutoriais para a produção das máscaras, podem ser acompanhadas pelo Instagram do grupo (@sos3djf).
Entre nesta #CorrentedoBem
Veja as formas de doação
– Acetato transparente com 0,3 de gramatura e mínimo 30x30cm de tamanho, filamento PLA de 1,75 mm de diâmetro da 3D Fila e elástico de dinheiro
(32) 99127-4197: Instituto Vianna Júnior, falar com Roberta para agendamento da entrega das doações
– Doações em dinheiro ou prestação de serviço solidário de impressão 3D
(32) 99125-5132 – Allan Landau
(32) 99128-3932 – Giordano Bruno