Transplantes de órgãos realizados em Juiz de Fora ultrapassam 72% do total de 2023
Juiz de Fora teve cem procedimentos efetivados de janeiro a junho deste ano
Na véspera da celebração do Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro, o tema volta a ganhar destaque. Em Juiz de Fora, foram realizados cem transplantes apenas nos primeiros seis meses de 2024. O número representa cerca de 72,5% do total de 2023: 138 transplantes foram realizados no ano anterior. Os dados foram enviados à Tribuna pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Em relação a números estaduais e nacionais, até esta quarta-feira (25), 6.638 transplantes foram feitos em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, do Governo federal. No total de 783 deles aconteceram em Minas Gerais – o que equivale a aproximadamente 11,8%. O estado, inclusive, é o segundo colocado no quesito, atrás apenas de São Paulo. Já em todo o ano de 2023, foram realizados 9.257 transplantes no país, sendo 1.082 em Minas Gerais.
O órgão mais transplantado tanto em Minas Gerais como no Brasil é o rim. Em 2024, foram 559 procedimentos deste tipo em Minas até o momento, sendo três deles realizados no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Na segunda colocação aparece o fígado e na terceira, o coração. Os outros órgãos contabilizados pelo Ministério da Saúde são pâncreas, pulmão, multivisceral e combinado entre rim e pâncreas.
Ainda em Minas, a faixa etária e o gênero prevalentes entre os pacientes são homens, entre 50 e 64 anos. Em seguida, homens de 35 a 49 anos e depois as mulheres na faixa de 50 a 64 anos. No total de 63% das cirurgias foram realizadas no público masculino, enquanto as outras 37% foram realizadas entre mulheres.
Quase quatro mil estão na fila de espera
Até a publicação desta matéria, 3.883 pessoas estava na fila de espera para realizar transplante de órgão em Minas Gerais, segundo o Ministério da Saúde. Quase 95,8% delas aguardam para receber um rim.
No caso do HU-UFJF/Ebserh, o responsável pela comissão de transplantes de órgãos, Ricardo Martello, a expectativa é de aumento no número de doações. “O programa de transplante do HU é novo. Estamos trabalhando para desenvolvê-lo, com a proposta de ser mais pujante quando formos para o hospital novo que está em construção”, conta.
*sob supervisão da editora Fabíola Costa