Hospital Ana Nery desmente postagem sobre fuga de paciente “potencialmente agressivo”

Suposto comunicado do hospital circula desde o início da semana em grupos de Whatsapp e Facebook; instituição registrou boletim de ocorrência e vai apurar autoria da publicação


Por Vívia Lima

23/07/2019 às 16h43- Atualizada 23/07/2019 às 16h58

WhatsApp Image 2019 07 23 at 14.42.10
(Foto: Reprodução)

O comunicado do Hospital Ana Nery, que informa que um paciente “potencialmente agressivo” teria fugido da unidade de saúde nesta segunda-feira (22) é falso. A informação é da instituição, que foi procurada pela Tribuna nesta terça e desmentiu o texto.

O comunicado, acompanhado de logomarca antiga do hospital, tem circulado em grupos do WhatsApp e do Facebook. Todavia, o Ana Nery,unidade é referência para tratamento de pacientes que necessitam de cuidados prolongados, confirmou à reportagem que a informação não procede, e que um boletim de ocorrência foi registrado para que seja apurada a autoria e que se chegue ao responsável pela publicação.

O texto informa que a fuga do homem teria ocorrido na madrugada do dia 22 de julho, última segunda-feira, e, por isso, medidas e buscas estariam sendo feitas. Consta ainda que a instituição solicita aos moradores do Bairro Grama, na Zona Nordeste, onde o hospital está localizado, que evitem deixar portas, portões, janelas e veículos abertos até que o paciente seja localizado, salientando “a necessidade de não o ajudar com qualquer tipo de doação”, diz o texto.

À Tribuna, a gerente administrativa do hospital Érica Moutinho dos Santos, disse que a postagem teria sido feita, inicialmente, em uma página do Facebook destinada a notícias do bairro. Diante da gravidade da publicação, que, segundo ela, gerou estado de alerta na comunidade, foi feito contato com a página para que a postagem fosse desmentida.

Entretanto, o falso aviso acabou tomando força ao circular também em grupos de WhatsApp. “Isso é muito grave. Registramos a ocorrência junto à Polícia Militar, uma vez que colocaram a credibilidade da instituição em xeque. Quando falam sobre fuga, pode ser entendido como falta de cuidado com nossos pacientes, o que não acontece”, garante a gerente. “Apesar de o texto estar acompanhado de uma logo usada há oito anos, ela não é nossa marca atual. Entretanto, para aqueles que não sabem sobre a nova identidade, a informação parece ser verídica, quando, na verdade, não procede. Esse tipo de situação gera apreensão nos moradores do entorno. Alguns, inclusive, nos procuraram para saber se a história procedia”, lamenta a gerente.

Orientações

Segundo o site boatos.org, espaço especializado em localizar informações inverídicas que circulam na internet, é essencial desconfiar de qualquer informação que venha por meio de canais do WhatsApp. “Se a notícia vem sem uma fonte confiável, como, por exemplo, um link de notícia ou de algum órgão, tem caráter alarmista, erros de Português e pede compartilhamento, o melhor é buscar mais informações a respeito da veracidade. Se na primeira busca não se confirmar que a informação recebida procede, não devemos repassá-la.”

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.