Pedra fundamental de base aérea de urgência em JF é inaugurada no Serrinha
Zema esteve presente no evento; nova estrutura vai atender 198 municípios mineiros
A pedra fundamental do hangar de helicóptero para atendimento de urgência e emergência em Juiz de Fora foi inaugurada nesta quarta-feira (22). A nova estrutura vai atender 198 municípios ligados aos consórcios, o que representa o atendimento a 3,2 milhões de mineiros. O evento foi realizado no Aeroporto da Serrinha, localizado na Avenida Prefeito Mello Reis, Bairro Aeroporto, e contou com a presença de diversas autoridades – dentre elas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
A pedra fundamental da Companhia Especial de Operações Aéreas (Ceoa) de Juiz de Fora faz parte da ampliação do Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV), maior prestador de serviço aeromédico do SUS no Brasil. A unidade, segundo o Governo do Estado, será uma base integrada de suporte aéreo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-Cisdeste e Samu-Cisru) e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).
Entre os serviços prestados, estarão atendimentos a urgências e emergências por meio do SAAV, atendimentos prioritários de transporte aéreo inter-hospitalar e pré-hospitalar (voltado para pacientes em estados mais críticos), transporte de órgãos e tecidos para transplante e apoio à Força Estadual de Saúde (FES), em caso de catástrofes no estado.
A estrutura inclui um hangar, espaço para treinamento e capacitação, alojamentos, área de biossegurança para higienização de equipamentos e aeronave e almoxarifados. O espaço terá capacidade para abrigar até cinco aeronaves, sendo uma delas um helicóptero EC145 T2, com capacidade para transportar até dois pacientes.
A obra é orçada em cerca de R$ 4 milhões, e o custeio é de responsabilidade dos 198 municípios associados ao Consórcio Intermunicipal de Saúde de Urgência e Emergência do Sudeste (Cisdeste) e ao Consórcio da Macro Centro Sul (Cisru). O terreno foi cedido pela Prefeitura de Juiz de Fora.
A previsão é de que as obras sejam finalizadas até janeiro de 2026. Em junho do ano passado, o Corpo de Bombeiros anunciou que o hangar seria concluído no segundo semestre de 2025, sendo que a estrutura seria instalada de forma provisória no início deste ano, com aparelhagem e treinamento da equipe.
Sobre o evento
O descerramento da pedra fundamental marcou o início das obras da base aérea em Juiz de Fora. Ela será afixada posteriormente em local definitivo. Após a chegada do governador, o evento teve início, por volta das 14h30. Junto a ele, fizeram discursos o presidente do Samu-Cisdeste e prefeito de Leopoldina, Pedro Augusto Junqueira Ferraz; o presidente do Samu-Cisru e prefeito de Barbacena, Carlos Du; os coronéis do Corpo de Bombeiros, Whindersson Moura e Daniela Lopes Rocha da Costa.
Encerrando os discursos, Romeu Zema falou do trabalho de sua gestão na área da saúde. “Quando tomei conta da gestão, nem 50% dos municípios contavam com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que salva tantas vidas. Atualmente, ele atua em 93% – mais de 800 (municípios). Até o fim do meu governo, 100% estará incluído”, afirma. O governador declarou que recebeu um “cemitério de obras inacabadas, vandalizadas e depredadas em todas as regiões do estado”, e vai entregar ao sucessor um “canteiro de obras em andamento, com recurso depositado para que possam ser concluídas”.
A manutenção da base aérea funciona com recursos federais, estaduais e municipais. A parcela mais significativa, de acordo com o presidente do Samu-Cisdeste, tem sido do Governo de Minas Gerais. No caso de uma aeronave começar a se mostrar insuficiente, Zema reforça que o Estado vai atender à demanda. Entretanto, a prioridade é levar o serviço até onde ele é inexistente.
Para os Bombeiros, o equipamento fortalece o serviço já prestado, com relação ao meio ambiente, proteção, defesa civil e serviços de saúde. “Esperamos que, ao término da construção, já possamos iniciar as mudanças e, no primeiro trimestre de 2026, fornecermos o atendimento”, afirma a coronel Costa.
Ela também conta que, atualmente, há o Batalhão de Operações Aéreas, em Belo Horizonte, trabalhando com quatro bases: uma na própria capital mineira e as outras em Montes Claros, Varginha e Uberaba. “Ainda há o plano de uma outra em Governador Valadares. Como o estado é grande, o serviço tem potencial de diminuir tempo de resposta, para chegarmos primeiro em locais em que a via terrestre é mais demorada. Para, assim, proporcionar uma diminuição no tempo de atendimento.”
Hospital Regional de JF está fora dos planos
O governador Romeu Zema garantiu que irá entregar – até o fim de sua gestão, em 2026 -, mais de 300 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a conclusão das obras de todos os Hospitais Regionais. “Infelizmente, não o de Juiz de Fora, devido a um problema estrutural. O recurso será destinado para fortalecer o sistema de saúde em unidades já existentes. Estamos escutando o Ministério Público e tentando que o Hospital Universitário e o da Rede Fhemig sejam fortalecidos. Não será no imóvel que, segundo os laudos técnicos, não comportaria o peso da atividade.”
Acordo com os municípios mineiros
Zema também agradeceu à Associação Mineira de Municípios (AMM), com quem fez dois acordos: o primeiro, de R$ 7 bilhões, para devolver o ICMS, o Fundeb e o IPVA – já quitado; e o segundo, de R$ 6,8 bilhões, do parcelamento da saúde – que ainda está em vigor. “Os municípios, hoje, são parceiros do Estado”, enfatiza.
Recuperação das estradas
Em relação à recuperação das estradas, o governador afirma que o trabalho continua. “Todo mês acompanho com o secretário de Infraestrutura o percentual de estradas ruins – que sempre diminui. Se o ruim diminui, uma hora vai zerar. Sei que na Zona da Mata ainda há estradas para serem recuperadas. Hoje, são 38 frentes de obra e dezenas de licitações sendo feitas ainda no primeiro semestre de 2025.”
*sob supervisão da editora Mariana Floriano
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