61% das rodovias de MG apresentam problemas, aponta CNT
Relatório avaliou 15.236 km de rodovias estaduais e federais que passam no estado
Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que 61,3% das rodovias mineiras apresentam problemas no pavimento, na sinalização ou com a geometria da via. Os números fazem parte da 22ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (17). O relatório avaliou 107.161 quilômetros de estradas em todo o país, sendo 15.236 km de rodovias estaduais e federais que passam no estado.
Realizada anualmente, a pesquisa visa analisar a qualidade de toda a malha federal pavimentada e os principais trechos estaduais. Segundo o relatório, houve ligeira melhora em relação ao ano anterior nas condições das vias. Em 2017, 69,8% dos trechos analisados estavam em situação fora do que é considerado ideal. Apesar do desempenho superior a 2017, a CNT estima um crescimento de 28,9% do custo operacional dos transportadores em virtude dos problemas listados.
Em todo o estado, 79,3% das rodovias apresentam problemas com a geometria da via, como o tipo (pista simples ou dupla), presença de faixa adicional de subida, de pontes, viadutos, de curvas perigosas e acostamento. 55,4% possuem problemas no pavimento, enquanto 41,8% têm algum tipo de deficiência na sinalização viária, como placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas.
Segundo a pesquisa, as rodovias concedidas à iniciativa privada no estado tiveram melhor desempenho em relação às administradas pelo poder público. Do total, 76,1% das concedidas foram avaliadas como ótimas ou boas, enquanto das públicas, 69,4% foram reprovadas.
Na região, foram avaliadas as rodovias BR-040, nos trechos administrados pela Concer (Rio x Juiz de Fora) e Invepar (Juiz de Fora x Brasília), e a BR-267, entre Leopoldina e a divisa com São Paulo no Sul de Minas. Dos 1.210 quilômetros da BR-040 e dos 391 quilômetros da BR-267 que foram averiguados, apenas a geometria da via de ambas foi considerada como regular pelos técnicos da CNT. Pavimentação e sinalização foram consideradas como boas no levantamento.
Em Minas Gerais, a confederação estima que sejam sejam necessários R$ 5,19 bilhões voltados para ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias (trechos com a superfície do pavimento apresentando trinca, remendos, afundamentos, ondulações, buracos ou destruída) e com a implementação de sinalização adequada. Já para manutenção dos trechos desgastados, o custo projetado é de R$ 2,55 bilhões.
Tópicos: BR-040 / br-267 / transporte