Suspeitos de matar e atear fogo em idoso desaparecido são presos

Segundo a Polícia Civil, dupla confessou homicídio e indicou local onde corpo estava enterrado, na Barreira do Triunfo


Por Sandra Zanella

15/05/2025 às 15h34

Dois homens, de 42 e 48 anos, suspeitos de envolvimento na morte de um idoso, 60, foram presos pela Polícia Civil de Juiz de Fora nesta quinta-feira (15). A vítima estava desaparecida desde o dia 26 de abril, quando foi vista pela última vez por familiares. Segundo a corporação, a dupla acabou confessando o assassinato e indicou onde o corpo havia sido desovado, no Bairro Barreira do Triunfo, Zona Norte da cidade. No local, foram encontrados os restos mortais da vítima, uma barra de ferro e uma pedra que teriam sido usados na execução, além de um relógio de pulso reconhecido pelos filhos do idoso. Após o assassinato, os criminosos atearam fogo ao corpo para impedir a identificação e dificultar a localização do cadáver.

As investigações sobre o sumiço, iniciadas em 29 de abril pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, levaram os policiais a uma mulher, 42, que manteria relacionamento com um dos investigados e também já teria tido envolvimento amoroso com o idoso, sendo um “ponto de conexão” entre os dois. Em depoimento, ela disse que o suspeito teria manifestado desejo de matar a vítima.

“A testemunha apresentou aos policiais áudios e mensagens enviadas por aplicativo, nos quais o investigado de 42 anos expressava sua intenção de cometer o crime e pedia ajuda da mulher para atrair a vítima. Segundo a depoente, ela se recusou a participar do plano e só revelou os fatos após ser indagada pelos investigadores.”

Homicídio de idoso não teria motivação passional

Ao serem localizados, os envolvidos confessaram o crime e relataram, com detalhes, a dinâmica. “Durante depoimento, um dos investigados afirmou que a motivação do crime não estaria diretamente relacionada ao envolvimento amoroso com a mulher, mas, sim, a desavenças com a vítima, que era pai de santo e teria feito ameaças contra ele”, destacou a polícia.

A dupla teve prisão em flagrante confirmada por ocultação de cadáver. A polícia também representou pela prisão preventiva, por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel. Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional. “Serão realizados novos levantamentos, incluindo oitivas, exames médico-legais junto ao Instituto Médico-Legal (IML) e ações do setor de criminalística”, finalizou a corporação.

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