Briga em boate vira caso de polícia em Juiz de Fora

Caso foi registrado na madrugada de domingo em uma casa noturna da Silva Jardim


Por Vívia Lima

13/05/2019 às 20h30- Atualizada 13/05/2019 às 20h33

Uma confusão generalizada em uma casa noturna da Rua Silva Jardim, na região central, mobilizou a comunidade do entorno a preparar um abaixo-assinado e pedir providências ao Poder Público. O caso foi registrado na madrugada de domingo, em uma festa na Trend Club House. Conforme o proprietário do estabelecimento, ele mesmo chegou a ficar ferido após ser agredido por frequentadores, que desferiram chutes, socos e pontapés em sua direção. A insatisfação teria como motivo o término de um evento de músicas pop e funk, promovido por produtores que alugaram o espaço.

A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar e vídeos gravados por um morador, vizinho ao endereço, mostram pessoas correndo, chutando a porta do estabelecimento e atirando objetos ao ar. Proprietário da boate, Gustavo Rezende Firmino, 29 anos, disse que foi ao local no dia da festa verificar se o evento ocorria conforme combinado. Passado algum tempo, segundo ele, uma discussão entre dois frequentadores teve início. Diante disso, a polícia foi chamada e orientou que o evento fosse encerrado, antes que o episódio tomasse proporções maiores.

“Conversei com os produtores e eles acataram o pedido. Por volta de 1h30 eu mandei desligar o som. Nisso veio todo mundo em cima do pessoal que trabalha no caixa exigindo o dinheiro de volta. Os organizadores se prontificaram a devolver a quantia, mas pediram calma uma vez que estavam todos nervosos. Pedimos pra fazer fila e se organizar. No entanto, começaram a pegar todo o dinheiro. Eu estava no caixa essa hora e, para evitar mais confusão, pedi parte do valor para assim entregar a todos”, conta, acrescentando que neste momento foi mobilizado e agredido por cerca de dez das 180 pessoas que estavam presentes. “O restante ficou revoltado e começou a pegar objetos da casa. De acordo com o registro policial, foram roubados cerca de R$ 3 mil, uma máquina de cartão e dois coletes utilizados pelos seguranças. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.

Problemas recorrentes

Conforme denunciam moradores, os problemas envolvendo a casa noturna não são recentes. O advogado e morador da Rua Silva Jardim, Edélson Hélder do Rosário disse que a rotina afeta a todos, principalmente vizinhos idosos. “A gente não consegue dormir de tanto barulho. A bagunça começa na quinta-feira e se estende até o domingo”, disse.

Sobre o incômodo envolvendo os barulhos causados durante as festas, Gustavo Rezende pontuou que a acústica da casa está em dia, assim como todos os alvarás necessários para funcionamento. Disse, ainda, que os problemas citados são relativos à direção anterior do local.

Questionada, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) afirmou que o local possui a documentação exigida pela pasta, que é o alvará de localização, entretanto, destacou que em data anterior o local foi interditado administrativamente. “A ação foi motivada pela falta dos documentos referentes ao alvará para exercer as atividades no local e já havia sido alvo de denúncias dos moradores do entorno, por poluição sonora, tendo sido autuado”, diz a nota enviada ao jornal.

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