Briga em boate vira caso de polícia em Juiz de Fora
Caso foi registrado na madrugada de domingo em uma casa noturna da Silva Jardim
Uma confusão generalizada em uma casa noturna da Rua Silva Jardim, na região central, mobilizou a comunidade do entorno a preparar um abaixo-assinado e pedir providências ao Poder Público. O caso foi registrado na madrugada de domingo, em uma festa na Trend Club House. Conforme o proprietário do estabelecimento, ele mesmo chegou a ficar ferido após ser agredido por frequentadores, que desferiram chutes, socos e pontapés em sua direção. A insatisfação teria como motivo o término de um evento de músicas pop e funk, promovido por produtores que alugaram o espaço.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar e vídeos gravados por um morador, vizinho ao endereço, mostram pessoas correndo, chutando a porta do estabelecimento e atirando objetos ao ar. Proprietário da boate, Gustavo Rezende Firmino, 29 anos, disse que foi ao local no dia da festa verificar se o evento ocorria conforme combinado. Passado algum tempo, segundo ele, uma discussão entre dois frequentadores teve início. Diante disso, a polícia foi chamada e orientou que o evento fosse encerrado, antes que o episódio tomasse proporções maiores.
“Conversei com os produtores e eles acataram o pedido. Por volta de 1h30 eu mandei desligar o som. Nisso veio todo mundo em cima do pessoal que trabalha no caixa exigindo o dinheiro de volta. Os organizadores se prontificaram a devolver a quantia, mas pediram calma uma vez que estavam todos nervosos. Pedimos pra fazer fila e se organizar. No entanto, começaram a pegar todo o dinheiro. Eu estava no caixa essa hora e, para evitar mais confusão, pedi parte do valor para assim entregar a todos”, conta, acrescentando que neste momento foi mobilizado e agredido por cerca de dez das 180 pessoas que estavam presentes. “O restante ficou revoltado e começou a pegar objetos da casa. De acordo com o registro policial, foram roubados cerca de R$ 3 mil, uma máquina de cartão e dois coletes utilizados pelos seguranças. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.
Problemas recorrentes
Conforme denunciam moradores, os problemas envolvendo a casa noturna não são recentes. O advogado e morador da Rua Silva Jardim, Edélson Hélder do Rosário disse que a rotina afeta a todos, principalmente vizinhos idosos. “A gente não consegue dormir de tanto barulho. A bagunça começa na quinta-feira e se estende até o domingo”, disse.
Sobre o incômodo envolvendo os barulhos causados durante as festas, Gustavo Rezende pontuou que a acústica da casa está em dia, assim como todos os alvarás necessários para funcionamento. Disse, ainda, que os problemas citados são relativos à direção anterior do local.
Questionada, a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) afirmou que o local possui a documentação exigida pela pasta, que é o alvará de localização, entretanto, destacou que em data anterior o local foi interditado administrativamente. “A ação foi motivada pela falta dos documentos referentes ao alvará para exercer as atividades no local e já havia sido alvo de denúncias dos moradores do entorno, por poluição sonora, tendo sido autuado”, diz a nota enviada ao jornal.