Polícia Civil investiga caso de homofobia
Atualizada às 17h06
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar um caso de homofobia, registrado no Bairro Nova Benfica, Zona Norte, na noite de segunda-feira (5). A vítima é um adolescente de 17 anos, que foi agredido por cinco pessoas com pauladas, chutes e socos no meio da rua. Ele teve o rosto desfigurado e ficou com diversos hematomas nas costas.
Segundo o titular da 3ª delegacia distrital, Rodolfo Rolli, em depoimento colhido nesta terça-feira (6), a vítima relatou que, por volta de 21h, passava pela Rua Assuene Antônio Ribeiro, quando os suspeitos, que bebiam em um bar, começaram a insultá-lo. “Ele relatou que os autores o chamaram de gay, viado, vagabundo. Em seguida, um deles, um homem, teria saído do estabelecimento e começou a agredi-lo com pauladas. Logo depois, mais um homem e três mulheres começaram também a dar socos e chutes no garoto”, disse.
A vítima, que estava na delegacia acompanhada pelo pai, contou que não tinha nenhum tipo de relação com os suspeitos. O adolescente é estudante do 2º ano de uma escola pública do Centro. “Quando eles começaram a me xingar, eu apenas respondi que esta era minha vida e que eu é que sabia das minhas escolhas. Aí já vieram para cima, só consegui sair pois um amigo meu passou na hora e me tirou, não sei o que teria acontecido”, disse. Após conseguir ser socorrido, ele foi para casa. Na companhia de sua mãe, ele foi até o posto policial de Benfica e até a Upa Norte, onde foi atendido e medicado.
Conforme o delegado, no registro de ocorrência feito pela PM, a vítima mencionou que uma prima havia tido uma briga com uma das suspeitas na última semana, e ele interveio. “Está claro, até o momento, que o caso de ontem (segunda) foi homofobia. Vamos começar a investigar o real motivo. Vamos investigar esta briga anterior, e ver se já tinha havido algum outro crime de cunho sexual ou alguma outra coisa pendente”, comentou.
Conforme o delegado, o grupo, a princípio, irá responder pelo crime de lesão corporal grave. Dependendo do resultado do exame de corpo de delito, o agravante pode passar a ser gravíssimo. Uma equipe da 3ª delegacia está na rua fazendo buscas pelos suspeitos.