Polícia Civil prende dupla suspeita de roubo de celulares e relógios
Produtos estão avaliados em cerca de R$80 mil. Flagrante ocorreu quando um deles tentou pegar com a vítima uma nota fiscal
Dois homens, de 27 e 33 anos, foram presos pela Polícia Civil por suspeita de participação em um roubo de diversos relógios e celulares, avaliados em cerca de R$80 mil, ocorrido em junho deste ano. A detenção da dupla ocorreu depois de investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos apontarem que os suspeitos, depois do assalto, tentaram novo contato com a vítima se passando por cliente. O objetivo, segundo a polícia, seria conseguir nota fiscal para um dos produtos roubados.
Segundo a Polícia Civil, o roubo ocorreu dia 11 de junho, no Bairro Alto dos Passos, Zona Sul de Juiz de Fora. Conforme o delegado titular da especializada, Carlos Eduardo Rodrigues, a dupla teria se passado por compradores de produtos eletrônicos de uma loja virtual. Um dos suspeitos teria marcado, pelo aplicativo WhatsApp, de buscar o produto que encomendou, um celular. “Chegando ao local, quando a vítima, dona da loja, abriu o portão, foi abordada por dois suspeitos. Ela foi amordaçada, trancada em um banheiro e eles roubaram os materiais, que somam cerca de R$80 mil”, contou.
Segundo o delgado, após investigações e análise de imagens de câmeras de segurança, foi possível identificar o veículo que teria sido usado na fuga dos indivíduos, na época. Ainda no decorrer do inquérito, a delegacia especializada conseguiu recuperar dois celulares que já tinham sido vendidos para terceiros. “O proprietário do carro, o homem de 33 anos, foi identificado e reconhecido como sendo um dos autores. Ele foi abordado nesta semana, na segunda-feira (3), pela equipe de policiais civis conduzindo o automóvel e estaria com um dos relógios roubados da vítima, além de uma porção de maconha para consumo próprio”, disse.
Na residência do autor, como explicou Carlos Eduardo, ainda foram apreendidos oito relógios. O carro foi encaminhado à perícia. O delegado explicou que ele não foi preso nesta abordagem pelo crime e roubo, pois não estava mais na condição de flagrante.
Logo depois, a vítima recebeu uma mensagem de um suposto comprador, segundo Carlos Eduardo, dizendo que queria comprar um relógio idêntico ao que o suspeito foi flagrado, porém, disse que precisaria de uma nota fiscal com data retroativa. A autoridade policial afirma que o suspeito fez isso na tentativa de fraude processual. “Para obter uma nota fiscal do relógio, que já estava na posse de um deles, para juntar aos autos e fazer prova a favor dele, no entanto, isso já foi comunicado ao juízo no flagrante com cópia do inquérito policial relacionado ao crime de roubo”, concluiu.
A vítima desconfiou a avisou a polícia. Quando ela ia entregar o relógio ao suspeito, o mesmo que praticou o roubo, a Polícia Civil fez a prisão do homem de 33 anos e de seu comparsa, 27. A detenção foi na Zona Sul.
Os suspeitos tiveram o flagrante ratificado pelo crime de fraude processual e serão indiciados pelo delito de roubo majorado e por fraude processual. Somadas, as penas podem chegar a 17 anos. Eles foram encaminhados ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça.