Polícia vai investigar se criança supostamente agredida já tinha sido maltratada
Mãe do bebê de 4 meses, que foi agredida após vídeo circular nas redes sociais, é suspeita de tortura
A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante da mulher de 22 anos suspeita pela prática de violência doméstica contra o filho dela, uma criança de 4 meses, assim como a apreensão do adolescente, de 17 anos, pela prática de ato infracional análogo ao crime de lesão corporal, cometido em desfavor da mãe da criança.
De acordo com informações da delegada Bianca Mondaini, que responde interinamente pela 6ª Delegacia de Polícia Civil, a investigação do caso, registrado no último domingo (2), encontra-se em andamento. “Entre as apurações, serão realizados levantamentos para avaliar se havia outros indícios de maus-tratos contra a criança em outras ocasiões ou se foi um fato isolado. Quanto ao adolescente, ele assumiu total autoria do acontecido, no entanto, a Polícia Civil também vai apurar o possível envolvimento de outras pessoas”, esclareceu a delegada nesta terça-feira (4), reforçando que as apurações prosseguem.
Conforme registro da Polícia Militar, a mulher, moradora do Bairro Santo Antônio, Zona Sudeste, teria sido agredida por dois homens que teriam invadido sua casa depois que um vídeo no qual ela supostamente estaria torturando o próprio filho circulou pelas redes sociais. O caso foi registrado por volta de 12h30, depois que a PM foi acionada até o bairro onde a mulher estaria sendo espancada em via pública.
Em contato com os policiais que fizeram atendimento à ocorrência, a mulher teria confirmado que havia sido agredida por dois indivíduos que teriam fugido após perceberem a chegada da viatura policial no local. A motivação da agressão foi um vídeo publicado em redes sociais, no qual a mulher apareceria supostamente enforcando o filho de 4 meses, o que teria gerado grande revolta popular.
A criança foi encontrada pela equipe policial e encaminhada, acompanhada pelo pai de 32 anos, até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), para a realização de exames pediátricos. A mãe, suspeita de cometer a tortura, foi encaminhada ao Hospital Maternidade Therezinha de Jesus com fraturas na mão. Informações que circularam pela internet davam conta de que a mulher teria tido os dedos quebrados com o uso de um martelo.
No Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) sobre o caso, a mulher relata que, “após gravar um vídeo com seu filho e enviar pra uma amiga, a mesma achou que se tratava de uma agressão contra a criança. Sua amiga enviou o vídeo para outras pessoas e, no dia seguinte, dois homens invadiram sua casa e a agrediram, dizendo que era por causa do vídeo que ela tinha feito.”
Após o registro da ocorrência, a PM realizou rastreamento pela região à procura dos agressores, quando o adolescente autuado pela Polícia Civil foi apreendido. Segundo a PM, o jovem teria assumido a violência contra a mãe da criança, alegando ter agido por justiça.
