Instituto Butantan fabricará vacina contra VSR e remédio para esclerose múltipla

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (10), um acordo de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer para a produção nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). O imunizante já havia sido incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro e começará a ser distribuído na rede pública a partir da segunda quinzena de novembro, inicialmente para gestantes e bebês.

A previsão é que as primeiras 1,8 milhão de doses estejam disponíveis até o fim deste ano. A vacinação será aplicada em gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, o que permite a transferência de anticorpos para o bebê e garante proteção nos primeiros meses de vida.

O VSR é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e por 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada cinco crianças infectadas precisa de atendimento médico, e uma em cada 50 acaba hospitalizada ainda no primeiro ano de vida. No Brasil, cerca de 20 mil bebês de até um ano são internados anualmente em decorrência da doença, com risco ainda maior entre prematuros.

A pasta estima que a vacinação poderá prevenir até 28 mil internações por ano e beneficiar cerca de 2 milhões de recém-nascidos.

Produção de medicamento contra esclerose múltipla

O ministério também anunciou que o Brasil passará a produzir o natalizumabe, medicamento biológico usado no tratamento da esclerose múltipla. A tecnologia será transferida da farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan, por meio de parceria de desenvolvimento produtivo (PDP).

O natalizumabe é indicado para pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade, que corresponde a 85% dos casos da doença, quando outros tratamentos não apresentaram resultados satisfatórios. O remédio é disponibilizado no SUS desde 2020, mas atualmente conta com apenas um fabricante no país.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central e compromete principalmente adultos jovens, entre 18 e 55 anos. O quadro é caracterizado pela perda da bainha de mielina, estrutura que protege as fibras nervosas e permite a condução dos impulsos elétricos.

Texto da Agência brasil reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe