Brasília inaugura biofábrica para produzir mosquitos Wolbachia no combate à dengue
Método Wolbachia já é usado em 16 cidades e mostra redução significativa nos casos da doença
Foi inaugurada nesta terça-feira (9), no Guará, a biofábrica responsável pela produção de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede o desenvolvimento do vírus da dengue, zika e chikungunya no organismo do inseto. A unidade terá capacidade de produzir 6 milhões de mosquitos por semana e deve beneficiar dez regiões do Distrito Federal e os municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia, alcançando cerca de 750 mil pessoas.
A estratégia consiste na substituição gradual da população de mosquitos que transmitem doenças pelos chamados “Wolbitos”, que não permitem a replicação dos vírus. “A ideia é que a gente possa fazer a soltura desses mosquitos em massa para reduzir drasticamente a possibilidade de transmissão”, explicou o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda.
No primeiro semestre de 2025, os casos de dengue caíram 75% e as mortes pela doença diminuíram 73% no país. Apesar disso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a prevenção continua sendo fundamental. “Esse período de menor transmissão é o melhor momento para conscientizar a população, orientar e levantar dados sobre a concentração dos mosquitos e o impacto do aumento da temperatura”, afirmou.
A operação prevê a distribuição semanal de 20 mil potes contendo os mosquitos, com apoio de 26 viaturas e 52 servidores por dia.
Método Wolbachia em expansão
Atualmente, 16 cidades brasileiras já utilizam a técnica. Em julho, Curitiba (PR) inaugurou a maior biofábrica Wolbachia do mundo. Em Niterói (RJ), houve redução de 88% nos casos de dengue após a aplicação da estratégia. Até o fim de 2025, a tecnologia será adotada também em Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP).
Texto da Agência Brasil reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe